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Boris Johnson firme: Recusa eliminar sanções à Rússia mesmo depois de um possível cessar-fogo
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou “absolutamente impensável” um levantamento das sanções económicas à Rússia por parte de qualquer país ocidental caso seja acordado um cessar-fogo na Ucrânia, pedindo cautela.
Durante o debate semanal na Câmara dos Comuns, Johnson disse ser necessário “garantir que não haja retrocessos nas sanções” por parte dos “amigos e parceiros em todo o mundo” do Reino Unido.
“Na realidade, precisamos agora de aumentar a pressão económica sobre (o Presidente russo) Vladimir Putin. E é certamente inconcebível que quaisquer sanções possam ser levantadas simplesmente porque há um cessar-fogo”, declarou.
Na terça-feira, o Governo russo anunciou que ia “reduzir drasticamente” as operações militares nas zonas de Kiev e Chernigiv, na sequência de “conversações construtivas” com a Ucrânia, na cidade turca de Istambul.
Porém, Johnson manifestou no mesmo dia ceticismo numa conversa telefónica com os presidentes dos Estados Unidos e França e os primeiros-ministros da Alemanha e Itália, afirmando que Moscovo deve ser julgado “pelas suas ações e não palavras”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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