País
Confirmação do “reinado” PS pode ser “a morte” da “geringonça”. Partidos “pequenos” da direita ganham terreno
O líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soareassumiu hoje que as projeções são “más notícias” e dão conta de uma derrota eleitoral do BE, considerando que a “bipolarização forçada” teve “sucesso na criação de um voto útil à esquerda”.
“Creio que todos viram as projeções que assistimos, elas dão conta de más notícias, de uma derrota do Bloco de Esquerda, mas de uma noite também que ainda será longa”, disse Pedro Filipe Soares numa primeira reação desde o quartel-general do BE para esta noite eleitoral, o Capitólio, em Lisboa.
Segundo o dirigente do BE, “a estratégia criada pelo PS de chantagem para o país parece ter tido algum sucesso com uma ajuda que não é despiciente de uma bipolarização forçada, criada ao longo das últimas semanas e que aparentemente teve sucesso na criação de um voto útil à esquerda”.
“No entanto, o BE cá estará para essas lutas fundamentais no país: no trabalho, na saúde, na educação, naquilo que nos une enquanto país e nos desafios que hoje sendo maiores não nos fazem esmorecer”, assegurou.
O dirigente socialista Duarte Cordeiro afirmou hoje que, a confirmarem-se os números das projeções televisivas sobre os resultados das eleições legislativas, o triunfo do PS significará uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade política.
Esta posição foi transmitida por Duarte Cordeiro, diretor de campanha e líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, na primeira reação dos socialistas às projeções divulgadas pelas televisões sobre os resultados das eleições legislativas.
“A confirmarem-se os resultados, será uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade [política no país]. Mas vamos esperar pelos resultados” definitivos, declarou o presidente da FAUL do PS e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
O secretário-geral do Chega, Pedro Pinto, deu hoje como certo que não haverá um Governo de direita sem o partido, considerando que cumpriu os seus objetivos, numa reação às projeções dos resultados eleitorais avançadas pelas televisões.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão a vitória ao PS nas eleições legislativas de hoje, com entre 36,6% e 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 26,7% e 32,7%.
Numa primeira reação a estas projeções, Pedro Pinto ressalvou que ainda era cedo para avaliar resultados, afirmando que seria “uma noite longa”.
Ainda assim, o secretário-geral do Chega disse que era possível retirar já uma conclusão: “Qualquer uma destas projeções dá um Chega consolidado, o Chega num terceiro lugar e também esperamos que isso aconteça”.
Perante estas projeções, Pedro Pinto disse também o objetivo do partido, de se consolidar como terceira força política, será cumprido e que, por isso, o Chega fará necessariamente parte de uma solução governativa à direita.
“Não haverá Governo de direita em Portugal sem o Chega”, afirmou, relativamente às projeções para o partido, que apontam para um resultado entre 3,8% e 8,5%.
Pedro Pinto foi o primeiro a reagir em nome do Chega às projeções das televisões, tendo falado minutos antes de chegar o presidente, André Ventura, e perante uma sala ainda essencialmente ocupada por jornalistas e pouco mais de uma dezena de militantes.
O vice-presidente do CDS-PP Pedro Melo defendeu hoje que a vitória do PS nas eleições legislativas “implica uma reflexão de toda a direita” e apontou que será necessário aguardar pelo resultado do partido, considerando “muito prematuro” retirar conclusões .
“Se se verificar uma vitória da esquerda será a terceira consecutiva e, obviamente, implica uma reflexão de toda a direita. Nós, de resto, prevenimos para isso mesmo, mas os deputados do CDS continuarão fazer um trabalho para marcar as nossas cores e para fazer uma oposição forte e consistente e coerente, como sempre temos feito”, afirmou.
O dirigente centrista desceu à sala onde estão os jornalistas, no primeiro andar da sede nacional do CDS-PP, para uma primeira reação da direção às projeções que apontam para um resultado entre 0,1% e 3,6%, e a diminuição do número de deputados eleitos.
Questionado sobre a possibilidade de este ser o pior resultado do CDS, Pedro Melo salientou que os centristas estão “habituados a esperar, podem cair mandatos mais à frente e, portanto, é muito prematuro estar a comentar isso”.
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