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Ensino à distância: A internet é um local seguro para as crianças?

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Um inquérito realizado à comunidade docente divulgado hoje, conclui que apesar de a maioria dos docentes não ter assinalado qualquer espécie de ciberameaça, dos poucos casos verificados o mais frequente foi a “intrusão de terceiros em aula por videoconferência” (11%), seguido do software malicioso (5%), da gravação não autorizada de aula (3%) e do ‘phishing/smishing’ (3%).

A maioria dos docentes inquiridos (81%) indicou “não ter experimentado qualquer tipo de ciberameaça” durante o ensino à distância, conclui o inquérito realizado pelo Observatório de Cibersegurança, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), com o apoio da Direção Geral de Educação (DGE), em que foi colocado um questionário aos docentes do ensino não superior, acerca dos aspetos ligados à cibersegurança vividos pela comunidade de professores no período de confinamento no segundo semestre do ano letivo 2019/2020.

emissão em direto da famatv

Durante esse período de confinamento que fechou as escolas, as aulas por videoconferência (93%) e o envio de conteúdos e/ou mensagens por email (88%) foram as metodologias alternativas mais utilizadas no ensino à distância, refere ainda o inquérito de cibersegurança aos docentes do ensino não superior.

O inquérito recorda que a pandemia de covid-19 obrigou a uma rápida adaptação das escolas ao ensino a distância, em particular a partir do dia 16 de março de 2020, situação que se manteve, pelo menos, até ao final do ano letivo de 2019/2020.

Esta circunstância, segundo os autores do inquérito, trouxe vários desafios de cibersegurança e mostrou a importância desta área nas necessidades de digitalização do ensino.

O estudo revela que Google Classroom e Google Meet (52%) e Zoom (32%) foram as plataformas mais utilizadas e que uma grande maioria dos docentes (96%) utilizou sempre o seu próprio equipamento informático em vez de equipamento fornecido pela escola.

Os comportamentos relacionados com a cibersegurança mais aplicados pelos docentes foram, de acordo com o inquérito, a atualização de software e de antivírus (81%), a não partilha de dados pessoais ou sensíveis online (69%) e não abrir emails e SMS nem clicar em links e anexos suspeitos/desconhecidos (64%).

Segundo os dados recolhidos, a maioria dos docentes considerou positiva a adaptação ao ensino à distância em termos de cibersegurança, com 54% a considerarem que foi de dificuldade razoável e 16% a classificarem como fácil enquanto 49% afirmaram que foi uma oportunidade para conhecerem melhor as boas práticas.

A maioria dos docentes (53%) declarou-se informado sobre os riscos online, mas um grupo significativo de docentes (59%) considera que os alunos estão pouco informados.

O inquérito demonstra ainda que muitos docentes (46%) não sabem se existe uma política de cibersegurança na escola onde lecionam ou afirmam não existir (11%), enquanto 42% afirmam que existe. Paralelamente, 44% dos docentes inquiridos disseram que a sua escola ou agrupamento desenvolveu estratégias de apoio aos docentes de modo a seguirem as boas práticas de cibersegurança.

As dificuldades colocadas à cibersegurança nas aulas a distância consideradas mais relevantes pelos docentes foram a carência de meios tecnológicos (37%) e a falta de consciência dos alunos (20%)

Por outro lado, a maioria dos docentes (55%) teve conhecimento e aplicou as recomendações de boas práticas de ensino a distância, com o título “Estudo em Casa”, 3% realizaram o curso Cidadão Ciberseguro e 1% realizaram este, mas também o curso Cidadão Ciberinformado.

O inquérito Ensino a Distância e Cibersegurança foi desenvolvido e analisado pelo CNCS, tendo a DGE a responsabilidade da disseminação do respetivo questionário pelos docentes, através do seu envio às Direções dos Agrupamentos de Escola, as quais, por sua vez, o remeteram aos docentes.

O questionário foi constituído por perguntas maioritariamente fechadas e respondido através de plataforma online entre os dias 20 de outubro e 15 de novembro de 2020.

A população incluiu todos os docentes do ensino não superior, nomeadamente primeiro, segundo e terceiro ciclos e ensino secundário. Não foi incluída a educação pré-escolar.

O inquérito produziu 21.126 respostas e a amostra recolhida representou a distribuição do universo de docentes por sexo, idade, região e nível de ensino dos docentes em Portugal continental.

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