Os jovens celebram a tradição das Maias no Agrupamento de Escolas D. Sancho I, um hábito mantido nos últimos anos que visa homenagear a cultura minhota e a suas “raízes profundas”, apontam os responsáveis do AEDSI.

“Cor e simbolismo” são as palavras que definem esta iniciativa, com o objetivo reinterpretar os simbolismos religiosos do passado, usando pequenas flores para decoração e assim “afastar os maus espíritos, proteger os lares”, numa celebração da natureza, na estação do ano em que esta floresce.

“Entre lendas e crenças, diz-se que esta prática visava impedir a entrada de bruxas, o ataque de “burros” ao gado ou o acesso do diabo às casas, já que se acreditava que nesta noite “o mal andava à solta”, destaca ainda o agrupamento.

Este, foi um projeto que contou com o envolvimento da comunidade escolar (desde o pré-escolar até ao ensino secundário, incluindo o ensino de adultos) sobretudo na elaboração de arranjos e coroas de flores, um fenómeno cultural cujas origens tiveram a oportunidade de explorar na sala de aula, analisando lendas, símbolos e significados associados a esta expressão do património imaterial.

“Num gesto simbólico e de forte carga institucional, o agrupamento ofereceu uma maia ao
município, propondo que esta seja colocada numa das janelas da Câmara Municipal, como
sinal de uma possível parceria que poderá tornar Vila Nova de Famalicão uma referência no
renascimento desta tradição”, destacam ainda.

Neste feriado de 01 de Maio, o convite está lançado a toa a comunidade para que venha apreciar os arranjos florais, que estarão expostos nas janelas e espaços comuns, verdadeiro sinal de vida das raízes da nossa identidade, explicam.