Braga
Falta de mão de obra: Empresa de Braga contrata empregados da Venezuela, Equador e Cuba
Uma empresa de Braga do setor das infraestruturas de distribuição e instalações elétricas, mecânicas e hidráulicas está a contratar em países como Cuba, Venezuela e Equador para contornar a falta de mão de obra em Portugal, foi hoje anunciado.
A BLX-BRAGALUX refere que consegue atrair nacionais daqueles países, a partir de uma seleção feita na origem, estando a recrutar pessoas com o 12.º ano ou licenciadas a quem dá formação especializada.
A integração profissional é feita com recurso ao centro de formação da empresa, que opera em áreas “exigentes e fortemente regulamentadas”.
“Estes trabalhadores têm também acesso a um programa de gestão de carreira, com acesso à progressão profissional, também noutros mercados e setores de atividade”, acrescenta.
O diretor dos recursos humanos da empresa refere que, “para além da qualificação profissional, também a qualificação académica é estimulada e apoiada”.
Citado no comunicado, Eduardo Rodrigues considera que se trata de uma “aposta ganha”.
“Apesar de algumas barreiras como a língua e formas de trabalhar distintas, nós criamos um período de adaptação que permite que cada um se sinta como em casa”, acrescenta.
Os colaboradores são apoiados “de forma permanente”, quer em matéria de legalização da sua situação laboral, quer no alojamento.
A empresa tem atualmente 532 colaboradores, 66 dos quais contratados naqueles países, e espera vir a aumentar o número de trabalhadores este ano.
A política de contratação de novos quadros no estrangeiro, e particularmente naqueles três países, iniciou-se há três anos e, segundo Eduardo Rodrigues, vai continuar.
“Estamos à espera de mais 23 colaboradores”, sublinha.
Vaticina que 2022 será, novamente, um “ano difícil”, dada a escassez de recursos humanos para a fileira da construção, e de uma forma particular para as especialidades técnicas que a empresa executa.
“Com esta política de angariação e acolhimento de recursos humanos, aliada ao excelente quadro atual e à alta taxa de retenção de talento – temos muita gente com 20, 25 e 30 anos de casa -, estamos confiantes que estaremos especialmente preparados para os desafios e exigência que nos é colocada pelos nossos clientes”, conclui.
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