Num investimento “seguramente superior” a cinco milhões de euros, a construção da escola-hotel do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Guimarães, deverá começar até ao final do ano, anunciou hoje o município.
Em comunicado, o município acrescenta que, “se tudo correr sem percalços”, o lançamento a concurso da obra acontecerá nos primeiros meses de 2021.
“Ainda não sabemos o valor final do custo da obra, seguramente superior a cinco milhões de euros, pois faltam ainda os projetos de especialidade. Nem sabemos o prazo de conclusão. Sabemos, sim, que o que fazemos pode demorar tempo, mas será feito com qualidade”, referiu o presidente da Câmara, citado no comunicado.
O projeto da escola-hotel foi hoje apresentado durante a reunião do executivo.
A estrutura nascerá na antiga Quinta do Costeado, na Cruz de Pedra, “um espaço de grande valor patrimonial e histórico para Guimarães”.
A casa senhorial existente será recuperada para funcionar como escola-hotel, com um conjunto de quartos reduzido que albergará hóspedes e que terá como único objetivo a colocação em prática dos conhecimentos adquiridos durante os cursos que serão ministrados pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave naquele espaço.
Na zona das antigas adega e cavalariça, será instalada uma cozinha com o mesmo intuito.
O novo espaço a ser construído, e que terá como função a vertente pedagógica, terá cinco pisos, sendo um deles subterrâneo.
Aí ficarão instaladas valências como salas de aula, salas de professores, laboratórios, cozinha, cafetaria, cantina, auditório, serviços administrativos, entre outras. Serão utilizados materiais de baixo custo de manutenção, como a madeira lamelada e o acabamento cerâmico das partes exteriores.
O edifício terá ainda uma esplanada voltada a poente e, no último piso, uma cobertura que se pretende como espaço verde.
Haverá ainda um conjunto de pátios que se projetam numa estrutura de vidro aberta, para aproveitamento da luz natural.
A possibilidade de ligação à ciclovia e a percursos pedonais está equacionada, bem como a utilização de uma área ao ar livre para a realização de eventos, coabitando e integrando-se nas zonas verdes pré-existentes.
A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, disse que a escola-hotel é uma “obra estratégica” para a instituição e para Guimarães.
“O nosso compromisso é fazer da escola-hotel uma escola de referência a nível internacional. Teremos uma oferta ao nível das licenciaturas, mestrados, cursos técnico-profissionais e, futuramente, doutoramentos, num projeto educativo que poderá trazer para Guimarães um número próximo dos 1500 alunos”, sublinhou.