Economia
TAP irá perder 6,7 mil milhões de euros em receitas até 2025
Durante a apresentação do plano de reestruturação da TAP, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos disse que a empresa vai perder 6,7 mil milhões de euros em receitas até 2025.
“A TAP tem mais 19% de pilotos por aeronave do que praticamente todos os concorrentes. A TAP tem mais 28% de tripulantes por aeronave do que a maior parte dos concorrentes”, disse Pedro Nuno Santos.
“A TAP tinha e tem um conjunto de ineficiências que a tornam menos competitiva do que os seus concorrentes, que são as companhias de bandeira. Antes da covid-19 tinha já um conjunto de desvantagens competitivas face às congéneres”, acrescentou.
Segundo o governante, “para produzir o mesmo, a TAP precisa de mais pilotos”, uma diferença face aos concorrentes diretos que, disse, tem que ser corrigido com o plano de reestruturação.
A informação foi transmitida em conferência de imprensa conjunta do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, depois de o Governo ter entregado o plano de reestruturação da companhia aérea à Comissão Europeia, na quinta-feira.
O Governo estima que a empresa registe “perdas acumuladas de receitas de 6,7 mil milhões de euros até 2025”. “Inevitavelmente um ajustamento desta dimensão exige que a TAP faça também um ajustamento da sua dimensão para que o peso do apoio público seja menor” e para que esteja mais bem preparada para “beneficiar da recuperação da economia”, disse o ministro.
Ainda de acordo com o governante, prevê-se que este ano a TAP transporte 28% dos passageiros transportados em 2019 e tenha uma quebra do volume de negócios superior a 75%.
Portugal entregou o plano de reestruturação a Bruxelas na quinta-feira.
Q acionista David Neeleman perdeu 169 milhões de euros quando saiu da TAP, garantiu hoje o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, durante a apresentação do plano de reestruturação do grupo.
David Neeleman “tinha direito a prestações acessórias de 224 milhões de euros” ou seja, “no momento em que o Estado se tornasse maioritário, o privado ia pedir 224 milhões de euros”, disse o governante na conferência de imprensa a decorrer no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa.
“O Estado não ia aceitar, ia disputar”, indicou, salientando que a solução mais aceitável foi pagar 55 milhões de euros ao acionista. Ou seja, acrescentou, “David Neeleman aceitou perder 169 milhões de euros”.
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