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Economia

Sindicato afirma que TAP não tem trabalhadores a mais e acusa empresa de “desonestidade”

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Defendeu que a TAP não tem “trabalhadores a mais” e deve procurar os “sorvedouros de recursos” para reduzir custos, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) acusou hoje a empresa de “manipulação, falta de ética e desonestidade”.

“Dizem que existem trabalhadores a mais, mas, por outro lado, andam frenéticos a negociar o ‘outsourcing’ de vários serviços, como por exemplo o projeto JUPITER, que está a retirar da TAP, e a entregar a outras empresas, (que empresas serão estas?) por exemplo, e para já, toda a assistência informática ao utilizador e também o ‘Help Desk’”, lê-se num comunicado.

A nota, com o título “Manipulação, Falta de Ética e Desonestidade”, foi enviado na sequência da reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, na segunda-feira, a propósito do plano de reestruturação da TAP.

“É nesta altura já muito claro para todos nós que alguém anda a tentar manipular os trabalhadores! Aquilo que nós soubemos pela comunicação social e que estão a tentar ‘vender-nos’ não faz sentido”, acrescentam os representantes dos trabalhadores de terra da TAP.

O Sitava sublinha, também, que a companhia aérea tem dito que só em 2025 é que haverá uma recuperação do tráfego aéreo para níveis de 2019, contrariando as projeções da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla inglesa), que colocou, na sexta-feira, aquela meta no primeiro trimestre de 2020.

“Poderão todas estas coisas acontecer apenas por lapso? Inventam mil e uma coisas para dizerem que os trabalhadores da TAP são preguiçosos, que, por exemplo, a nossa empresa tem muitos mais trabalhadores por avião que as congéneres. Isso é também redondamente falso”, acusa o sindicato, que desafia “qualquer entidade” a apontar em que setor da companhia aérea existem trabalhadores a mais.

A estrutura sindical defende que, para reduzir custos, é preciso procurar “os sorvedouros de recursos” e não despedir trabalhadores.

“Pela nossa parte não nos cansaremos de assinalar a aventura brasileira [a TAP Manutenção e Engenharia Brasil (M&E Brasil)] — que já custou à TAP mais de mil milhões de euros — como o mais escandaloso negócio para onde empurraram a companhia”, reitera.

O Sitava alega que, ao mesmo tempo que se decide o despedimento de trabalhadores em Portugal, “deslocalizam milhares de horas de trabalho para o Brasil, para que, a pretexto do pagamento desses trabalhos continuarem a transferir dinheiro para lá”.

Sobre a reunião com a tutela, o sindicato tinha a expectativa de obter mais informações sobre o plano de reestruturação da transportadora, o “que acabou por não se concretizar”.

Numa comunicação aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração da TAP referiu, depois das reuniões com os sindicatos, que vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial, e admite cortes salariais transversais e despedimentos.

Além de medidas voluntárias que serão apresentadas “nas próximas semanas”, o Conselho de Administração adianta que “estão colocados para discussão cenários como a suspensão do pagamento de alguns complementos remuneratórios, cortes salariais transversais, garantindo um valor mínimo que assegure a proteção aos salários mais baixos, e ainda a possibilidade de adequar o número de trabalhadores a uma operação que nos próximos anos será reduzida em 30% a 50%, retrocedendo assim a valores vividos há mais de uma década”.

O plano de reestruturação da TAP, elaborado pela consultora Boston Consulting Group (BCG), no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, tem de ser entregue à Comissão Europeia até 10 de dezembro.

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