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Cepsa investe 8 mil milhões de euros para ser líder do hidrogénio ‘verde’

A Cepsa anunciou esta quarta-feira que vai investir entre 7.000 e 8.000 milhões de euros ao longo da próxima década na transição energética em Espanha e Portugal e quer ser líder em hidrogénio ‘verde’, com dois gigawatts (GW) em 2030.

“A companhia vai investir nesta década entre 7.000 e 8.000 milhões de euros, dos quais 60% são destinados, a partir de 2023, a negócios sustentáveis”, anunciou a Cepsa, que apresentou esta quarta-feira a sua nova Estratégia 2030, denominada ‘Positive Motion’, “para se converter em líder da mobilidade e da energia sustentável em Espanha e Portugal, e ser uma referência na transição energética”.

A Cepsa disse ainda que “vai tornar-se líder em hidrogénio ‘verde’ em Espanha e Portugal”, com uma capacidade de produção de dois GW em 2030, e que “vai liderar o fabrico de biocombustíveis”, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas por ano, “especialmente para descarbonizar o tráfego aéreo, produzindo 800.000 toneladas de SAF (combustível sustentável para aviação)”.

Assim, a empresa quer tornar-se “uma referência” na importação e exportação de hidrogénio ‘verde’ para a Europa, África e Médio Oriente, “graças à localização privilegiada das suas instalações na Península Ibérica”, com dois parques energéticos que tem na Andaluzia.

De acordo com a estratégia anunciada, mais da metade do lucro operacional bruto (EBITDA) da Cepsa será resultado de negócios sustentáveis em 2030, ano em que planeia reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) de alcance um e dois em 55% e as de alcance três entre 15% e 20%.

A empresa também pretende destinar 60% do seu orçamento para áreas sustentáveis, a partir de 2023.

Entre os seus objetivos está a criação do principal ecossistema de mobilidade sustentável e a maior rede de recarga elétrica ultrarrápida de Espanha e Portugal, bem como a transformação das suas estações de serviço.

O plano da Cepsa inclui ainda o desenvolvimento do portfólio de projetos de energia renovável, solar e eólica, com capacidade de sete GW, para consumo próprio, dos quais 1,5 GW já têm ligação à rede.

A companhia dará ainda maior autonomia às divisões de Química e Exploração e Produção, para maximizar o seu potencial de criação de valor.

Na apresentação da estratégia, o presidente executivo da Cepsa, Maarten Wetselaar, que assumiu o cargo no início deste ano, defendeu que a companhia é “suficientemente pequena para se mover rapidamente, mas suficientemente grande para ser líder na criação de uma economia mais verde, mais justa e mais sustentável”.

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