Famalicão
Atendimento de chamadas para o 112 atrasado. População deve entrar em contacto diretamente com os bombeiros e outras forças
Estão a ser registados atrasos no atendimento de chamadas da linha de emergência 112, resultado de constrangimentos vividos pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, informam diversas corporações de bombeiros e da Cruz Vermelha.
Neste sentido, é pedido às populações que entrem em contacto diretamente com as corporações, através do seus números de telefone, caso não consigam aceder à linha 112 em tempo útil.
Tal informação surge na sequência de uma greve nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, que se fez sentir sobretudo nas áreas de maior desidade populacional, sobretudo no Porto e Lisboa.
Esta segunda-feira, foram registadas mais de 100 chamadas em espera, num momento em que o numero de técnicos em atendimento era “muito reduzido” de acordo com o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).
“O número total de pessoas a atender as chamadas do 112 aproximou-se de um terço do que deveria ser um turno normal”, adiantou à Lusa o vice-presidente do sindicato, ao salientar que esses dados refletem a adesão à paralisação de hoje da administração pública, mas também à greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar.
Segundo Rui Cruz, estiveram parados no turno da manhã, que terminou às 16h00, 46 meios de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em todo o país, a maioria ambulâncias de emergência médica.
Estas greves tiveram uma “repercussão muito significativa” nos quatro Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) existentes em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, o que fez com que “houvesse um número muito diminuído de técnicos a atender as chamadas da linha 112”, avançou o dirigente sindical.
A meio da manhã, “ultrapassou-se a barreira das 100 chamadas em espera que não diminuiu até à hora de almoço”, referiu Rui Cruz, ao apontar o exemplo do CODU de Lisboa, o maior do país, que “tinha apenas quatro pessoas a atender as chamadas, quando devia ter 18”.
“Já tivemos registo de mais 120 chamadas em espera, com algumas delas com tempo de aproximadamente 30 minutos, que são reflexo da carência de técnicos para atender essas chamadas”, referiu o vice-presidente do STEPH, ao adiantar que espera para o turno da tarde efeitos semelhantes aos registados durante a manhã.
Os trabalhadores da Administração Pública voltaram a cumprir hoje uma greve convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap).
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