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Pilotos portugueses lembram Paulo Gonçalves no Dakar no 2.º aniversário do seu falecimento

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Os pilotos portugueses presentes na 44.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno lembraram hoje a morte de Paulo Gonçalves, durante a sétima etapa da edição de 2020 e que aconteceu precisamente há dois anos.

Joaquim Rodrigues Jr. (Hero), cunhado do malogrado piloto de Esposende, admitiu hoje que a data o afetou mais do que o esperado após a 10.ª e antepenúltima etapa em que terminou na 31.ª posição das motas após 375 quilómetros cronometrados, em Bisha, na Arábia Saudita.

“Há dois anos, passei pela pior experiência da minha vida. Não esperava que me afetasse tanto hoje, mas todas aquelas memórias dolorosas voltaram pouco depois de ter começado a especial”, contou o piloto de Barcelos, depois de uma etapa em que terminou na 31.ª posição devido a uma penalização de 15 minutos por falhar um dos pontos de passagem obrigatória.

“Tive dificuldade em concentrar-me na corrida. Foi um dia muito duro, mas estou contente por ter conseguido terminar”, frisou o piloto da Hero, que caiu para o 15.º lugar da geral, a 1:15.02 horas do novo líder, o francês Adrien van Beveren (Yamaha).

A etapa foi ganha pelo australiano Toby Price (KTM), que deixou o argentino Luciano Benavides (Husqvarna) em segundo, a 2.09 minutos, e Van Beveren em terceiro, a 3.35.

Rui Gonçalves (Sherco) foi o melhor represente luso, na nona posição, a 6.49 do vencedor.

“Hoje foi um dia particularmente difícil para o Joaquim Rodrigues e para todos nós com os dois anos que passaram desde a partida do nosso Paulo que tanta falta nos faz”, disse o transmontano, 24.º classificado da prova.

António Maio (Yamaha) foi hoje 18.º, a 11.39 minutos, e está em 22.º da geral.

“A etapa de hoje foi muito rápida. Tivemos quase 200 quilómetros onde fomos sempre a fundo. Mas houve, também, algumas zonas com muita condução num terreno mais duro. Foi mais um dia em que correu tudo bem e fiz a etapa sem erros de navegação, o que é muito importante para mim. A mota continua muito bem e estamos a preparar-nos para entrar na reta final desta edição da prova” afirmou.

O dia também foi duro para Mário Patrão (KTM), 35.º da etapa de hoje, terceiro entre os pilotos que competem sem assistência.

“Terminei a etapa! Confesso que em termos psicológicos foi a mais dura, pelas memórias. Há dois anos perdi nesta etapa um amigo e, nos primeiros quilómetros da especial, não conseguia concentrar-me. Tentei seguir com a força que nos deixou e cumpri a etapa até ao fim, mas com muito custo. Hoje as palavras faltam-me. Acredito que o Paulo esteja sempre connosco, foi e será sempre um exemplo”, sublinhou.

Arcélio Couto (Honda) foi 92.º, Alexandre Azinhais (KTM) 94.º, Pedro Bianchi Prata (Honda) 98.º e Paulo Oliveira (KTM) 105.º.

Na geral, Adrien van Beveren recuperou a liderança que já teve após a sétima etapa e pode vir a dar à Yamaha a primeira vitória desde a do francês Stéphane Peterhansel, em 1997.

O chileno Pablo Quintanilla (Honda) é, agora, o segundo, a 5.15 minutos, enquanto o britânico Sam Sunderland (GasGas) caiu de primeiro para terceiro depois de hoje ter sido um dos primeiros em pista, estando a 5.59 minutos do primeiro lugar.

Quim Rodrigues é 15.º, António Maio 22.º, Rui Gonçalves 24.º, Mário Patrão 44.º, Alexandre Azinhais 69.º, Arcélio Couto 78.º, Bianchi Prata 96.º e Paulo Oliveira 100.º.

Nos automóveis, Stéphane Peterhansel (Audi) venceu pela primeira vez nesta edição, 49.ª na carreira, e ficou a um triunfo em etapas do recorde estabelecido pelo finlandês Ari Vatanen.

O francês deixou o espanhol Carlos Sainz (Audi) em segundo, a 2.06 minutos. O argentino Orlando Terranova (BRX) foi o terceiro, a 3.59 minutos do vencedor.

O português Miguel Barbosa (Toyota) foi 45.º, a 45.56 minutos.

“Partimos de trás, da posição 119 ou 120, ‘numa salada russa de categorias’, que não faz sentido nenhum, fomos sempre no pó dos SSV. Tivemos de gerir zonas rápidas com muita pedra. Tentámos não cometer nenhum erro enquanto andámos no pó e procurámos não furar para não pôr em causa o que já foi conseguido. A ideia foi tentar fazer uma etapa limpa, para amanhã tentar arrancar numa posição um pouco melhor. A próxima etapa prevê-se que seja um dos dias mais complicados do Dakar, com muita areia e dunas”, anteviu.

Na geral, o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota) manteve o comando, apesar de uma penalização de cinco minutos por ter apertado mal os cintos de segurança na etapa da véspera, e de hoje ter perdido mais um minuto para o francês Sébastien Loeb (BRX), que está no segundo lugar, a 32.40 minutos.

O saudita Yazeed Al Rajhi (Toyota) é terceiro, a 55.48 minutos, enquanto Miguel Barbosa está na 37.ª posição.

Nos veículos ligeiros, o norte-americano Seth Quintero (OT3) conquistou a nona vitória em etapas e ficou a duas do recorde (o máximo já conseguido numa mesma edição foi de 10), tendo falhado apenas o triunfo no segundo dia da prova.

Os irmãos Mário e Rui Franco (Yamaha) tiveram problemas e ainda não terminaram.

Nos SSV, Luís Portela de Morais (Can-Am) foi 11.º classificado, a 13.34 minutos do vencedor, o polaco Marek Goczal (Can-Am).

“Foi uma especial bonita, mas muito rápida. Só no final tivemos alguma condução ao estilo de rali e estivemos muito bem nesse percurso. Para já, estamos contentes com o nosso trabalho porque o principal é chegar ao fim e com o carro sem problemas. A prova está quase a terminar e há algum nervosismo porque queremos muito cumprir este sonho. Esperemos que amanhã [quinta-feira] e a última etapa nos corra bem para podermos atingir o nosso objetivo”, contou Luís Portela Morais, que manteve o sétimo lugar na geral.

Rui Oliveira (Can-Am) foi 24.º e está na 16.º posição.

Quinta-feira disputa-se a 11ª e penúltima etapa, com uma especial de 345 quilómetros cronometrados cumpridos em torno de Bisha.

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