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Ministra da Saúde anuncia possibilidade de este Natal não ser “igual” ao dos outros anos

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De acordo com a ministra da Saúde, Marta Temido, por muito que a situação epidemiológica melhore, a pandemia da covid-19 não permitirá ter um Natal “igual ao dos anos anteriores”.

“Neste momento estamos ainda a lutar para chegar o melhor possível aos primeiros dias de dezembro (…) mas há uma coisa que é já muito clara: não vamos poder ter um Natal igual ao dos anos anteriores. Por muito que a situação epidemiológica melhore”, disse a governante.

Marta Temido falava em conferência de imprensa nas instalações da Administração Regional de Saúde do Norte depois de ter visitado de manhã os concelhos de Guimarães e Vila Nova de Famalicão, ambos do distrito de Braga.

Depois de ter feito uma análise das reuniões que manteve de manhã, concluindo que o país tem mostrado “capacidade de utilizar o melhor que tem do sistema de saúde e do Serviço Nacional de Saúde”, Marta Temido respondeu a questões relacionadas com a adoção de medidas em locais do país com maior risco de contágio.

“Precisamos de nos concentrar em quebrar cadeias de transmissão e conter a doença. Alguns países que iniciaram o crescimento desta segunda vaga mais cedo e que adotaram medidas de contenção mais cedo, estão já a conseguir antecipar um pouco melhor o que vai ser o mês de dezembro. Nós também estamos a fazer essa análise e essa avaliação”, disse.

Sobre o Natal, a ministra, além do alerta sobre a necessária mudança de rotina face a anos anteriores, disse que “só daqui a algum tempo conseguiremos perceber qual o nível de restrição que teremos nessa altura do ano”.

Na terça-feira, foi noticiado um documento do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) que estima que se os países que em outubro e novembro tomaram novas medidas para controlar a pandemia as levantassem a 21 de dezembro, os internamentos hospitalares aumentariam na primeira semana de janeiro.

O ECDC faz estimativas de evolução da pandemia até 25 de dezembro tendo em conta as medidas entretanto tomadas pelos países europeus, apontando que se as medidas fossem suspensas, por exemplo, em 07 de dezembro, “o aumento de internamentos poderia começar a ocorrer antes de 24 de dezembro”.

As projeções do ECDC indicam que Portugal deve atingir até ao final de novembro o pico de novos casos de covid-19, mas que o pico de óbitos deve acontecer já em dezembro, com um número diário que se poderá manter elevado até ao Natal.

Ao contrário de outros países, cuja realidade ultrapassou as projeções do ECDC em número de casos e óbitos, como por exemplo em Espanha e em Itália (casos) ou os Países baixos (óbitos), Portugal ficou, segundo este documento, sempre abaixo dos valores estimados pelo centro europeu.

Também de acordo com dados do ECDC, relativos aos últimos 14 dias, Portugal é um dos países da Europa com maior número de casos por cada 100 mil habitantes, tendo registado em média, 792.4 casos por cada 100 mil habitantes, um valor que fica à frente do que foi registado por países mais fustigados ou onde a pandemia tem sido evoluído de forma preocupante, como Itália, Suécia, França, Espanha, Reino Unido ou Bélgica.

Confrontada com estes dados, Marta Temido disse: “Neste momento o que sabemos é que temos de persistir, mais do que estar a considerar alívios ou agravamentos”.

“Este vai ser um trabalho que vai durar muitos meses. A mensagem aos portugueses é de esperança na vacina, de que vamos dispor, mas também na necessidade de continuarmos a adotar um conjunto de comportamentos que não podemos prescindir para controlar a doença nos próximos tempos”, referiu.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.127 em Portugal.

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