Vinte Programadores Culturais uniram-se para solicitar ao Governo que, nos eventuais próximos estados de emergência, seja permitida a realização de espetáculos ao sábado, até às 22:30, e a circulação entre concelhos para assistir a eventos.
Para os profissionais em questão “não se trata de reivindicar irresponsavelmente um privilégio para a cultura, mas de propor que, dentro das exceções possíveis e necessárias nestes tempos difíceis, a cultura seja considerada uma delas”, pode ler-se no “Manifesto pela ‘excepção’ da cultura”.
O manifesto em questão sublinha que “se o uso da máscara e a distância física são as maiores defesas na propagação da covid-19, os equipamentos culturais asseguram que essas defesas são permanentes” e que “a probabilidade de contacto físico entre espectadores e de exposição a pessoas sem máscara é praticamente nula, tendo em conta a forma organizada como é feito o acesso, a circulação, a permanência e a saída do público nas salas”.
Entre os autores do manifesto estão Álvaro Santos, diretor da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, o encenador João Garcia Miguel, o antigo diretor-geral das Artes João Aidos, o diretor do Teatro Municipal de Vila Real, Rui Ângelo Araújo, o programador do Teatro Municipal da Guarda, Victor Afonso, o diretor artístico do Theatro Circo, em Braga, Paulo Brandão, o diretor do Teatro Municipal de Bragança, João Cristiano Cunha, e o responsável do Teatro das Figuras, em Faro, Gil Silva, são outros subscritores, a par de José Pires, do Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Também Carlos Mota, Joaquim Ribeiro, José Licínio, José Pina, Luís Garcia, Luís Portugal, Margarida Terrolas, Nuno Soares, Paulo Pires, Rui Revez e Tiago Matias.