O ministério público de Guimarães anunciou a intenção de separar partes do processo referente à suposta tortura que receberam jovens que viviam no convento da Fraternidade Missionária do Cristo Jovem, em Requião.
De acordo com as declaraões prestadas à CMTV, o procurador, afirma que atendendo “aos estatutos, a arquidiocese tinha poder de nomear ou destituir os órgãos de gestão. Houve várias irregularidades que têm de ser apreciadas noutro processo”, afirmou, no dia de ontem, o procurador que pede que o padre Joaquim Milheiros e duas freiras da instituição sejam julgados por nove crimes de escravidão.
Esta separação do processo visa apurar de forma isolada a responsabilidade no caso de tortura das noviças e se foi a própria instituição a levar a cabo as irregularidades de que é acusada ou se existiu autorização ou conhecimento de causa por parte da arquidiocese responsável por este convento.
Em resposta o advogado responsável pela diocese de Braga sublinhou que a vontade da instituição Famalicense sempre se impôs, nunca chegando arquidiocese a ter poder sobre a situação.