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Número de mortes nas estradas passou de 2.000 para 474 em 20 anos

O número anual de mortes nas estradas portuguesas passou de uma média de 2.000 há 20 anos para 474 no ano passado, avançou hoje o Governo, assegurando que a redução da sinistralidade rodoviária continua a ser uma prioridades.

“Nenhum número, por mais baixo que seja, nos pode deixar confortáveis”, afirmou Patrícia Gaspar, numa ação de sensibilização rodoviária promovida pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que decorreu em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, no âmbito do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada.

Durante a operação de sensibilização da PSP, a secretária de Estado da Administração Interna assegurou que “o Governo continua a identificar a redução da sinistralidade rodoviária como uma das suas prioridades”, apesar dos dados dos últimos 20 anos apontarem para uma redução “de 2.000 para 474 o número anual de mortes nas estradas portuguesas”.

“Só uma firme consciência individual sobre o papel que cada um de nós desempenha na redução da sinistralidade rodoviária poderá contribuir para este objetivo global de reduzir drasticamente as vítimas da estrada”, defendeu Patrícia Gaspar, destacando também o papel desempenhado, diariamente, pelas forças de segurança e pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Na perspetiva da governante, as forças de segurança e ANSR contribuem com um trabalho que se pretende “cada vez mais integrado e profícuo” nas duas dimensões fundamentais, designadamente na prevenção e na fiscalização.

Além do Governo, o Presidente da República assinalou hoje o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, lembrando os que perderam a vida e os que sobreviveram a acidentes, e pediu uma aposta na prevenção.

Através de uma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “associa-se à celebração dos 25 anos do Dia da Memória, criado pela Federação Europeia de Vítimas da Estrada, e aos 15 anos da sua oficialização enquanto dia mundial pelas Nações Unidas”.

“A todos os portugueses, pede o Presidente da República uma aposta na prevenção e um reforço de uma consciência cívica nacional que contribua para um ambiente rodoviário efetivamente responsável”, lê-se na mensagem.

De acordo com a PSP, Portugal registou 6.880 vítimas mortais em resultado direto da sinistralidade rodoviária durante a última década e uma das principais causas dos acidentes foi o excesso de velocidade.

Quanto à evolução sinistralidade Portugal, dados da ANSR revelam que em 2010 houve 35.426 acidentes com vítimas nas estradas portuguesas, com 937 mortes, 2.475 feridos graves e 43.890 feridos ligeiros, segundo o relatório anual de vítimas a 30 dias, em que o número de mortes assume um carácter definitivo no prazo de seis meses após a ocorrência do acidente.

Segundo os relatórios da ANSR, em 2019 foram 474 as vítimas mortais a 24 horas em acidentes rodoviários, que morreram no local ou a caminho do hospital, número que subiu para 626 mortes, com os dados das vítimas a 30 dias, em que se contabilizaram 2.168 feridos graves e 43.183 feridos ligeiros, num total de 35.704 acidentes com vítimas.

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