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Surto de legionella já infetou 76 e fez 6 mortos

O número de casos diagnosticados também aumentou hoje para 76, mais quatro em relação a quinta-feira, sendo que duas pessoas estão a receber cuidados no Hospital S. João no Porto, e outras duas a serem assistidas no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde se registou o óbito de hoje, indicaram fontes oficiais daquelas unidades de saúde.

A unidade matosinhense é a que mais casos de doentes com ‘legionnella’ tem recebido, num total de 43, sendo que seis morreram e 15 mantêm-se internadas, 12 em enfermaria, duas em cuidados intermédios e uma na unidade de cuidados intensivos.

No Hospital S. João, no Porto, já foram assistidas 8 pessoas com a doença, sendo que sete continuam internadas, dos quais quatro em enfermaria, uma em cuidados intermédios, e duas na unidade de cuidados intensivos.

No Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde o número de casos assistidos mantêm-se nos 25 pelo terceiro dia consecutivo, continuando internadas 16 pessoas.

Ainda assim, a unidade poveira anunciou hoje que converteu sete consultórios da consulta externa numa enfermaria com 10 camas, para responder a um possível aumento de casos de ‘legionella’ e também de covid-19.

No total, estas três unidades de saúde registaram, desde o início do surto, que continua com origem desconhecida, oito mortes nas 76 diagnosticadas, sendo que 38 continuam internadas

Na quarta-feira, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto, tendo a Câmara de Vila do Conde confirmado que os técnicos das Delegações de Saúde locais já estão no terreno a fazer análises e várias estruturas fabris e comerciais

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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