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António Costa apresenta demissão

O primeiro-ministro falou ao país, hoje, às 14:00, após buscas em São Bento e de o Ministério Público anunciar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio, consequentemente apresentando a sua demissão ao Presidente da Republica Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta comunicação ao país de António Costa, a partir de São Bento, foi transmitida pelo gabinete do primeiro-ministro.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça.

Aqui o primeiro ministro fez questão de referir que a “dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, sobre a sua boa conduta e menos ainda sobre a suspeita de prática de qualquer ato criminal”, explicou.

“Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou censurável”, apontou ainda.

“No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”, lê-se numa nota hoje divulgada pela PGR.

Esta informação surge na sequência de uma operação sobre negócios do lítio e do hidrogénio verde.

Antes de ser divulgada esta nota pelo gabinete do líder do executivo, o primeiro-ministro saiu do Palácio de Belém, em Lisboa, após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que durou cerca de dez minutos.

O primeiro-ministro foi filmado pelas televisões a entrar no Palácio de Belém poucos minutos antes das 13:00 pela entrada da Calçada da Ajuda e a sair perto das 13:10, pela mesma porta.

De manhã, o chefe de Estado recebeu António Costa a pedido deste, na sequência de buscas em gabinetes do Governo, incluindo na residência oficial de São Bento, visando o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, que foi detido para interrogatório.

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