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Cientistas famalicenses criam tinta inteligente anti contrafação têxtil

Cientistas da Universidade do Minho e do CeNTI desenvolveram tintas fluorescentes inteligentes que vão ajudar a combater a contrafação de produtos têxteis, foi hoje anunciado.

Em comunicado, os responsáveis do projeto referem que, até ao momento, “os resultados conseguidos são bastante promissores”, pelo que já se iniciou um pedido de pré-patente, visando num futuro próximo a comercialização daquela tecnologia.

Esta investigação resulta de uma parceria entre cientistas do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho com experiência na área da biotecnologia e do CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, especializado no desenvolvimento de materiais inteligentes.

“As biotintas florescentes ecossustentáveis apresentam características únicas e exclusivas que são difíceis de copiar ou clonar, pelo que poderão ser utilizadas como marcadores de anti-contrafação ou impressões de segurança”, explicam os promotores, em comunicado.

Acrescenta que as biotintas terão também “aplicações interessantes” na produção de têxteis inteligentes, desde vestuário a artigos de decoração, com padrões que se alteram com a luz ambiente.

“Estes materiais, altamente inovadores, vão potenciar o crescimento da biotecnologia e serão relevantes para várias indústrias, tornando-as mais inteligentes e funcionais”, refere ainda.

O trabalho dos cientistas do CEB passa pela produção biotecnológica das moléculas e a elaboração de testes de encapsulação.

A equipa do CeNTI está focada na aplicação em têxteis, assim como na elaboração de testes de estabilidade em longo prazo, de forma a obter-se um protótipo.

“A grande inovação do projeto assenta no facto de estas tintas serem compostas por materiais naturais, produzidos a partir de microrganismos, ao contrário das tintas tradicionais que são feitas de produtos químicos, a partir de derivados de petróleo”, remata o comunicado.

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