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Indústria têxtil pede mais apoios para poder enfrentar tempos difíceis

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A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) reclamou hoje mais incentivos fiscais ao reinvestimento dos lucros pelas empresas e uma menor carga fiscal para que o setor enfrente com sucesso os “enormes desafios e mudanças” em curso.

“A quantidade de desafios que e mudanças que estão a acontecer são gigantescos e as empresas portuguesas precisam de fazer investimentos nas competências das pessoas e em equipamentos. Esse é um caminho que já têm vindo a fazer e que precisam de continuar a fazer”, afirmou o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, em declarações à agência Lusa no âmbito do 25.º Fórum da Indústria Têxtil, que decorreu, esta terça-feira em Barcelos.

Entre as principais transformações em curso, o dirigente associativo destaca as relativas ao comportamento das vendas num contexto de retração do consumo, as mudanças legislativas na sequência de novas regulamentações da União Europeia e os desafios ao nível da sustentabilidade, da circularidade e da digitalização dos processos produtivos.

“E tudo isto num quadro geoestratégico extremamente complexo, com novas variáveis e desafios sucessivos ao longo dos últimos anos: Após uma situação de pandemia que criou grandes problemas nas cadeias de abastecimento, a Rússia iniciou uma guerra que causou graves problemas em termos de custo da energia, seguida de uma inflação que provocou uma subida das taxas de juro. E, agora, há um quadro muito complexo no Médio Oriente, que pode criar novamente problemas sobre os custos da energia, nomeadamente do petróleo”, salientou.

Neste contexto, as exportações portuguesas atingiram em 2022 o valor recorde de 6.400 milhões de euros, mas estão este ano a cair cerca de 5%, tendo como pano de fundo uma quebra de 11% nas importações de toda a União Europeia.

“Ou seja, Portugal está a exportar menos, mas num contexto em que os outros países ainda estão a exportar menos para a Europa do que aquilo que Portugal exporta. Portanto, estamos menos mal do que os outros, o que, não nos deixando satisfeitos, mostra que todo o trabalho que temos vindo a fazer está, pelo menos, a mitigar um pouco esta conjuntura em que os consumidores estão a ter uma mudança de comportamento”, sustentou Mário Jorge Machado.

Face a este cenário, e de forma a que o setor concretize o objetivo de atingir 10.000 milhões de euros de volume de negócios no final da década, a ATP defende a importância de “a União Europeia e o Governo português continuarem a dar suporte à industrialização da Europa e ao investimento nas novas tecnologias, na robotização, na digitalização e na formação”.

“Porque se em Portugal trabalham 120.000 pessoas, no espaço europeu trabalham 1,3 milhões de pessoas no setor têxtil e vestuário, que é um dos 14 setores estratégicos da economia europeia”, salienta o presidente da associação.

Assim, Mário Jorge Machado defende que no Orçamento do Estado para (OE2024) “devia ser muito mais incentivado o reinvestimento dos lucros nas empresas”, de forma a impulsionar o investimento e a capitalização, enquanto “uma série de impostos, como os pagamentos por conta e os impostos autónomos, deveriam ser reduzidos”.

“Não faz sentido a carga que Portugal tem em termos de impostos autónomos e pagamentos por conta”, sustenta, lamentando que “nada disto mude com este orçamento” e que se continue “a olhar para as empresas mais como uma fonte de receita do que como um dinamizador da economia”.

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