Cerca de cinquenta trabalhadores da Petrotec concentraram-se hoje frente às instalações da empresa em S. João da Ponte, Guimarães, para exigir a negociação do caderno reivindicativo que pede um aumento salarial de 200 euros, segundo fontes sindicais.
Segundo José Elias, dirigente sindical na empresa, a empresa fez aumentos irrisórios, entre 10 a 20 euros”.
“Os trabalhadores aprovaram, no início do ano, um caderno reivindicativo, mas a administração nunca se sentou connosco à mesa para negociar”, criticou aquele dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte.
Por isso, acrescentou, os trabalhadores têm vindo, desde junho, a fazer greve, de uma hora por turno, em cada sexta-feira do mês.
José Elias disse que há trabalhadores com “25 e 30 anos de casa” que atualmente estão a ganhar “uns 20 a 30 euros acima do salário mínimo nacional”.
Além do aumento de 200 euros por mês, os trabalhadores reclamam diuturnidades de 25 euros por cada cinco anos de trabalho, 25 dias de férias para todos, 35 horas de trabalho semanal e o pagamento de mais 40 por cento por cada hora noturna.
“São reivindicações que nos parecem perfeitamente justas e razoáveis”, disse ainda José Elias.
A Petrotec – Inovação e Indústria dedica-se à produção de bombas de combustível e, segundo aquele sindicalista, tem cerca de 70 trabalhadores,
A Lusa contactou a empresa, mas a administração ainda não se manifestou disponível para qualquer declaração.
A empresa, de capitais 100% nacionais, foi fundada em 1983, conta com filiais em cinco continentes e vendas em mais de 80 países.
O grupo atua desde o desenvolvimento e fabrico de equipamentos para os postos de abastecimento, ao projeto e construção de postos de abastecimento e terminais de armazenamento de combustíveis, soluções de abastecimento aeroportuárias e marítimas, automação e ‘software’.
Em janeiro, o Grupo Petrotec anunciou hoje a instalação, em Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, de uma fábrica de carregadores para veículos elétricos, com o arranque da produção previsto para o segundo semestre, num investimento de quatro milhões de euros.