O ministro do Ambiente justificou, esta segunda-feira, o ajustamento das tarifas de acesso às redes de eletricidade em julho nos níveis de tensão mais elevados com a necessidade de compensar a redução do preço da energia.
“Tem de haver um equilíbrio. Sabendo nós que o preço da energia está muito mais baixo, então não temos de ter tarifas de acesso à rede tão negativas”, explicou Duarte Cordeiro, no final de um conselho de ministros da União Europeia (UE) com a pasta da Energia, no Luxemburgo.
Por isso, acrescentou o governante, “houve um pequeno ajustamento da parte do regulador nas tarifas de acesso à rede, sendo que para os consumidores de baixa tensão não muda o preço”.
“Houve um ligeiro ajustamento nas tarifas de acesso à rede para os outros níveis de tensão, exatamente para compensar o facto de a energia estar mais barata”, completou o ministro.
Duarte Cordeiro considerou que, nos últimos seis meses, para uma parte dos consumidores portugueses “houve um preço especialmente baixo” e lembrou que houve pessoas indexadas ao preço de mercado com “preços negativos”.
Deste modo, vai ser possível continuar a reduzir o preço da eletricidade, “mas face a este semestre em concreto, obviamente que esse ajustamento era necessário”.
“Não me parece que faça sentido ter preços negativos na tarifa de acesso à rede face ao preço da energia especialmente baixo”, avaliou.
Duarte Cordeiro reforçou que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) “tinha aplicado tarifas muito negativas”, mas como o preço da eletricidade “ficou mais baixo” houve necessidade de “ajustar as expectativas” para o que havia no início do ano.
“Continuamos a achar que as políticas que adotamos contribuem para uma competitividade elevada dos preços da eletricidade no nosso país para todos os consumidores. Este ajustamento não mexe em nada o pano de fundo”, finalizou.