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Professor na Póvoa de Lanhoso detido por suspeita de 2 mil crimes de abuso de crianças

Edifício sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, 18 de julho de 2014. TIAGO HENRIQUE MARQUES/LUSA

Um professor do 1.º Ciclo na Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, foi detido pela alegada prática de pelo menos dois mil crimes de abuso sexual de crianças, anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, esta força de investigação criminal conta que o docente, de 50 anos, é suspeito “da prática de cerca de, pelo menos, do que foi possível apurar até ao momento, dois mil crimes de abuso sexual de crianças, a maioria agravados, e também, pelo menos, de um crime de pornografia de menores”.

“As diligências investigatórias tiveram início após denúncia feita pela Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, relacionada com relatos de várias alunas de que teriam sido vítimas de abuso sexual por parte do suspeito”, refere a PJ.

Fonte da PJ adiantou à agência Lusa tratar-se de um professor do 1.º Ciclo.

“O suspeito vinha praticando os abusos, pelo menos desde o ano letivo 2017/2018 até à atualidade, em contexto de sala de aula e sobre alunas com idades entre os 6 e os 9 anos, na escola básica onde se encontrava a trabalhar”, lê-se no comunicado.

Na sequência de buscas realizadas ao posto de trabalho do arguido, “acabaram por ser localizados e apreendidos alguns objetos que poderão estar relacionados” com a prática destes crimes, acrescenta a Polícia Judiciária.

A mesma fonte da PJ indicou à Lusa que o professor já tinha lecionado em escolas do Porto, de Vila Nova de Gaia, de Barcelos e de Amares.

“Sendo, por isso, ainda desconhecida a real dimensão da sua atividade criminosa”, refere ainda o comunicado.

O detido será presente ao Tribunal Judicial de Braga, para primeiro Interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

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