O coletivo de ‘hackers’ “Anonymous” anunciou no Twitter que resgatou e divulgou com sucesso os dados pessoais de 120.000 soldados russos.
“Todos os soldados que participaram na invasão da Ucrânia deveriam ser sujeitos a um tribunal de crimes de guerra”, disseram os Anonymous na mensagem.
A fuga incluiu informações pessoais como datas de nascimento, moradas, números de passaporte, e filiação na unidade militar.
Os “Anonymous” escreveram também que levaria algum tempo para que a sociedade perdoasse a Rússia pelas atrocidades na Ucrânia estimuladas pela invasão de Putin.
Enquanto estes hackers anunciaram esta fuga de informação no domingo, esta ocorreu no início de Março e apareceu pela primeira vez no Pravda, uma agência noticiosa ucraniana, dias depois de a invasão ter começado.
O canal não revelou a fonte da fuga, mas declarou que o “Centro de Estratégias de Defesa adquiriu estes dados de fontes fiáveis”, segundo a Newsweek.
Esta semana, os militares russos têm enfrentado ainda mais escrutínio após terem sido manifestadas preocupações sobre alegadas violações dos direitos humanos em Bucha. Relatórios sugerem que civis estavam a ser abusados e mortos, e alguns dizem que foram encontrados cadáveres em pátios, ruas, e carros.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, o Anonymous tem sido muito explícito acerca da guerra.
“A invasão vai continuar até que a Rússia pare a sua agressão”, disse Anonymous.
Entre os seus esforços para ripostar, o coletivo afirmou ter descativado o governo, empresas e sites de notícias, invadido uma agência de censura de topo, e invadido as televisões russas.
Outros esforços recentes incluem a invasão de impressoras não seguras na Rússia para espalhar propaganda anti-Kremlin.
Numa entrevista com o IBT, um dos membros do coletivo disse que estava a instruir os russos sobre como instalar software de código aberto para permitir aos cidadãos contornar a censura do país.