São 400 os bombeiros de inúmeras corporações espalhadas pelo país que estão infetados com Covid-19. Um número bastante preocupante, tendo em conta o trabalho desempenhado por estes profissionais durante a pandemia de Covid-19 que atualmente atravessamos.
A classe está indignada com o facto de ainda não terem sido chamados para tomar a vacina contra a Covid-19 e já há quem fale em tomar medidas.
“Não é justo que os bombeiros não tivessem começado a ser vacinados. Fomos considerados no grupo dos prioritários. Devíamos ser vacinados na primeira prioridade. Estamos na frente. Somos os que mais transportamos pessoas contagiadas com covid-19 e suspeitos, numa percentagem de 95% é tudo transportado pelos bombeiros, e nunca mais vem o dia para começarem a vacinação dos bombeiros”, explicou à agência Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares.
O responsável acrescenta que está “em tremendas dificuldades para conseguir equilibrar aquilo que é a vontade dos bombeiros”, porque os profissionais querem “efetivamente tomar atitudes públicas”.
“Nós não somos de greves”, começou por salvaguardar Marta Soares. “Nunca viramos as costas aos portugueses em situação nenhuma, mas temos que publicamente, de uma forma que estudaremos, sem pôr em causa a resposta ao socorro dentro daquilo que são as nossas missões, mas iremos tomar atitudes pública para chamar a atenção dos portugueses pela forma como estamos a ser tratados pelo Ministério da Saúde”, apontou o responsável.
