Onze freguesias do concelho de Esposende que foram agregadas em 2013 manifestaram-se esta sexta-feira, por unanimidade, interesse na desagregação.
O presidente da Câmara Municipal Benjamim Pereira (PSD) sublinhou que a Câmara se opôs “desde a primeira hora” às uniões de freguesias, pelo que está “inteiramente disponível” para liderar e orientar o processo de desagregação.
O autarca refere que o processo, do lado das freguesias e da Câmara estará concluído durante este ano e confiado à Assembleia da República, a quem cabe a última palavra.
Em causa estão as freguesias de Apúlia, Fão, Fonte Boa, Rio Tinto, Esposende, Marinhas, Gandra, Palmeira de Faro, Curvos, Belinho e Mar, que foram agregadas em cinco “uniões” em 2013.
Hoje, a Câmara promoveu uma reunião que marcou o arranque do processo de desagregação e que juntou os elementos do executivo municipal, a mesa da Assembleia Municipal e os representantes das 11 freguesias concelhias agregadas.
De acordo com a lei que prevê a reorganização do mapa administrativo, aprovada no dia 21 de dezembro de 2021, as freguesias podem desagregar-se nas mesmas condições em que foram agregadas em 2013.
O presidente da autarquia, Benjamim Pereira, lembrou que tanto a Câmara Municipal como a Assembleia Municipal “sempre estiveram contra o processo de agregação, por não verem vantagens nesta reforma administrativa”.
“Efetivamente, o tempo veio dar-nos razão, sendo evidente que tal não se revelou positivo para as freguesias e para as populações”, afirmou o autarca.
Das 15 freguesias do concelho de Esposende, só Antas, Forjães, Vila Chã e Gemeses se mantiveram autónomas.