A violênica no namoro foi o tema escolhido para a XVI edição do Presépio ao Vivo de Priscos, um espetáculo histórico com cerca de 90 cenários que remetem para as culturas egípcia, judaica, romana, assíria, grega e babilónica, mas que nunca se desassocia da atualidade.

Esta é uma obra que nasceu de uma ideia do Padre João Torres e que tem vindo a crescer ao longo dos anos. De acordo com o Padre João Torres, o mote para a primeira edição foi a “necessidade de poder congregar as pessoas à volta de um projeto”.

Em todas as edições é escolhido um tema presente na sociedade, sobre o tema desta edição, a violência no namoro, o Padre João Torres admite que “parece que não tem nada a ver com o Natal, mas tem. Imaginem quantas pessoas, nesta altura, não oferecem presentes, sei lá, um perfume ou outra coisa qualquer, e viram controladores daquilo que ofereceram (…). É fácil oferecer presentes, é muito difícil ser-se um presente para o outro”. Sobre esta temática, o responsável pelo Presépio deixa um apelo: “o namoro é uma descoberta e eu descubro que com esta pessoa não dá. Não dá, sigo a minha vida. Não tenho de ficar com esta pessoa para sempre, era só o que faltava”.

Outra das formas de responsabilidade social do Presépio ao Vivo de Priscos é a inclusão dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga, que participam ativamente na concretização do Presépio. “Dentro da cadeia de Braga, hoje, se entrar e perguntar a um recluso o que é que ele espera nos próximos tempos, qual é o sonho dele, ele vai-lhe dizer chegar a Priscos”, conta o Padre João Torres, revelando a importância do projeto na reinserção dos reclusos na sociedade.

O Presépio ao Vivo de Priscos conta com a participação de 600 figurantes e recebe todos os fins de semana milhares de visitantes, muitos deles provenientes de Espanha. Qualquer um pode visitar o Presépio nos seguintes horários: das 16 horas às 18h30, nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro; das 15 horas às 18h30, nos dias 8 e 15 de janeiro; e das 20 horas às 22h30, nos dias 7 e 14 de janeiro.