Póvoa de Varzim
Governo certifica Caminho Português Central para Santiago Compostela que atravessa 13 municípios no Norte
O Governo certificou o Caminho Português de Santiago Central Porto e Norte para Santiago de Compostela, Galiza, que atravessa 13 municípios e tem uma extensão de 177,8 quilómetros, pela sua “importância patrimonial, histórica e cultural”, foi hoje anunciado.
“É certificado como itinerário do Caminho de Santiago o Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte e reconhecidos como de elevado valor patrimonial o traçado histórico do Porto (entre a entrada norte da Ponte D. Luís e a Praça de Carlos Alberto), o traçado histórico de Barcelos (entre o Largo do Tanque em Barcelinhos e o Largo do Bem Feito em Barcelos) e o traçado histórico de Ponte de Lima (entre a Capela de Nossa Senhora da Guia em Ponte de Lima e o Largo da Alegria em Arcozelo), lê-se na portaria hoje publicada em Diário da República.
Com a certificação o Governo pretende “reconhecer e preservar o património cultural e natural associado ao Caminho de Santiago e assegurar os serviços de apoio adequados aos peregrinos.
O Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte para Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha, é quinto itinerário a ser certificado pelo Governo em todo o país e, o terceiro no Norte.
O primeiro foi o Caminho Português Central-Alentejo e Ribatejo, em 2021, o mesmo ano de certificação do Caminho Português Interior, que liga Viseu a Chaves, com saída para Espanha por Vilarelho da Raia.
Em 2022, foi certificado o Caminho Português da Costa, que parte do Porto e atravessa o Minho até Espanha.
Este ano, o Governo certificou o Caminho Português Central-Região Centro e, a partir de hoje, o Caminho Português de Santiago Central Porto e Norte.
Os Caminhos de Santiago são percorridos por milhões de peregrinos desde o início do século IX, quando foi descoberto o sepulcro do apóstolo Santiago Maior em Santiago de Compostela, capital da Galiza, em Espanha.
O Caminho Português de Santiago Central Porto e Norte passa pelos Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Barcelos, Ponte de Lima, Paredes de Coura e Valença.
“A fundamentação da antiguidade do itinerário e do seu uso consistente até ao presente, parte de estudos que provam a sua utilização regular pelas pessoas em trânsito entre a região do Douro e do Minho”, frisa a portaria.
De acordo com o documento, “sobressaem as narrativas de peregrinações jacobeias realizadas entre os séculos XIV e XVIII por viajantes oriundos de vários países, cujos relatos fornecem-nos informações relevantes sobre o itinerário (orografia, templos religiosos, rede viária e espaços de apoio ao peregrino) que evidenciam a sua importância e dinâmica histórica”.
“Fontes escritas são conciliadas com percursos pedestres preservados, vestígios arqueológicos associados à afirmação e expansão do culto em Portugal e exemplares de arquitetura religiosa e viária, entre os quais a Sé Catedral do Porto, a Igreja de Santiago de Custóias, a Igreja de Santiago do Couto, a Colegiada de Barcelos, o Mosteiro de Leça do Balio, o Mosteiro da Junqueira, a Igreja Românica de S. Pedro de Rates, a Capela de Santiago (Ponte de Lima), ou a Igreja Românica de Rubiães, a par de antigos hospitais e albergues, cruzeiros, nichos e pontes”, acrescenta.
De acordo com a portaria, o percurso valoriza ainda “as manifestações de cultura imaterial, a exemplo das lendas do Galo de Barcelos, da Rainha Santa Isabel e do Cavaleiro Cayo Carpo, para além da toponímia, de festividades cíclicas e outras práticas de culto relacionadas com o Caminho de Santiago”.
O “itinerário assenta na antiga Estrada Real, que decalca em grande medida as principais vias romanas Norte-Sul (nomeadamente o itinerário XVI de Antonino entre Lisboa e Braga), que serviam de «espinha dorsal» dos Caminhos Portugueses de Santiago. O facto de o trajeto entre Porto e Valença ser o mais curto e retilíneo terá beneficiado do investimento na infraestruturação do percurso durante o período medieval, destacando-se o século XIII como a «idade de ouro» para a construção de pontes”.
A certificação do Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte, tem “a concordância dos municípios por ele atravessados e apresenta condições de segurança, transitabilidade, equipamentos de apoio e informação”.
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