A Farfetch, empresa dedicada à comercialização de artigos de vestuário, calçado e acessórios de luxo prepara-se para despedir 25% dos seus trabalhadores, percentagem que se traduz em cerca de 2 mil empregados.
Depois de registado um aumento exponencial das compras online, que se verificou durante a pandemia, o valor da empresa no mercado das ações tem vindo a registar um decréscimo, fator que levou a que se ponderasse a retirada da empresa do mercado da bolsa, uma informação avançada recentemente pela publicação britânica Telegraph.
Depois da sua estreia neste mercado em 2018, com ações no valor de 28,35 dólares, esta quarta-feira o valor de cada ação encontrava-se nos 0,63 dólares, representando uma queda de 85.67%.
Esta, foi uma situação ainda mais agravada pela decisão de adiar a apresentação dos resultados referentes ao 3.º trimestre de 2023, no dia 29 de novembro, momento que que o valor das ações registou uma queda de cerca de 50%, perdendo 382 milhões em menos de duas horas.
Esta situação desencadeou uma ação judicial coletiva contra a Farfetch, que deu lugar ao processo “Ragan vs. Farfetch Limited”, onde os investidores acusam a empresa de não informar sobre a sua desvalorização na bolsa, reunindo-se assim os lesados para tentar recuperar os valores em perda.
Ainda de acordo com o Telegraph, a vontade de sair do mercado da bolsa mantém-se para o futuro e pode ter o apoio da empresa de vendas online Alibaba da China, assim como do conglomerado de luxo suíço Richemont.