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“Humanidade a dançar em Guimarães” é a promessa da edição de 2024 do festival “GUIdance”

O GUIdance vai completar 13 edições em fevereiro com um evento que pretende pôr a “Humanidade a dançar em Guimarães”, mostrando em palco o que distingue as pessoas e como a dança as pode unir.

De acordo com a programação hoje divulgada pela organização, o Festival Internacional de Dança de Guimarães vai acontecer entre 01 e 10 de fevereiro de 2024, em três espaços da cidade: o Centro Cultural Vila Flor, o Teatro Jordão e a Black box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

A abrir, no dia 01, vai estar “Bantu”, o mais recente trabalho do vimaranense Vítor Hugo Pontes, que junta intérpretes europeus e africanos, que se entrelaçam no palco.

Em declarações à Lusa, o diretor artístico do GUIdance, Rui Torrinha, afirmou que vai ser um “festival com um discurso plural, dos diferentes corpos e de muitas geografias distintas”, procurando ir além daquilo que é o europeu e mostrando empatia tanto pelo que está próximo como pelo que está longínquo.

“Mas que tempo é este então onde colocamos a humanidade no centro da dança? Um tempo onde começamos finalmente a sentir, sem aceitar, o muito pouco que sabemos sobre nós próprios e sobre quem nos tenta completar. É preciso pois que o corpo avance e lidere uma revolução cognitiva. A cartografia desta edição 13 coloca-nos perante a possibilidade de vivenciar mundos surpreendentes e reveladores de contextos longínquos, ao mesmo tempo que nos aproxima de forma qualificada de obras que procuram ressignificar o presente para ganharmos caminho futuro”, escreveu Torrinha num texto sobre o festival de 2024.

O GUIdance vai contar com espetáculos do moçambicano Panaibra Gabriel Canda (“Tempo e Espaço: Os Solos de Marrabenta”, no dia 02), do angolano Gio Lourenço (“Boca Fala Tropa”, no dia 03) e da portuguesa Beatriz Valentim (“O que é um problema”, dia 04).

Entre os destaques da edição de 2024 do festival conta-se o regresso do “supercoreógrafo” britânico Wayne McGregor, que apresenta, pela primeira vez em Portugal, “UniVerse: A Dark Crystal Odyssey”, peça estreada na Royal Opera House, de Londres, este ano, que parte da obra que lhe dá nome de Jim Henson (o também criador dos Marretas).

No dia 07 de fevereiro, Piny leva a Guimarães “.G rito”, enquanto no dia seguinte Gaya de Medeiros apresenta “Atlas da Boca” e, no dia 10, Diana Niepce mostra “Anda, Diana”.

No dia 09, a taiwanesa Shimmering Production faz a estreia nacional de “Beings”, cabendo ao também taiwanês Tjimur Dance Theater o fecho do 13.º GUIdance com “bulabulay mun?”.

Questionado pela Lusa sobre a adesão do público ao festival, Rui Torrinha respondeu que há uma grande dinâmica entre públicos, intérpretes e programadores: “O festival já não é nosso, é dos artistas e do público e ele também se vai autossugerindo no caminho que quer fazer e sobretudo na revolução que quer causar do ponto de vista do campo sensorial na relação com o corpo.”

“A arte é um ponto de explosão do imaginário que o espírito empurra para um corpo ou para outro espírito. Tudo isto é tão mais revolucionário quando ganha movimento. Por isso, sigamos na dança que transforma o mundo e empodera a humanidade que nos define”, acrescentou Torrinha no texto que acompanha o programa.

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