O Tribunal de Guimarães condenou hoje a 13 anos de prisão um militar da GNR por ser o instigador de um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo.
O coletivo de juízes condenou o militar da GNR de Fafe, no distrito de Braga, por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e por branqueamento de capitais, aplicando-lhe, em cúmulo jurídico, a pena única de 13 anos de cadeia, assim como a proibição do exercício de funções de GNR por um período de cinco anos.
O Tribunal de Guimarães condenou ainda o pai do militar da GNR por diversas burlas e por branqueamento a uma pena única de 10 anos de prisão.
Já a mãe do GNR foi condenada a cinco anos de cadeia enquanto à esposa do militar o Tribunal de Guimarães determinou a pena de quatro anos e meio, sendo ambas as penas suspensas na sua execução por igual período.
Na leitura do acórdão, o coletivo de juízes deu como provado que o militar da GNR “não agiu em coautoria com os pais, mas antes houve “instigação” sobre os mesmos, que, em coautoria, “executaram um plano por estarem convencidos pelo filho de que assim o ajudavam”.
Na acusação, o Ministério Público (MP) sustenta que o esquema passou por o pai do GNR, “muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição”.
Segundo o MP, através deste esquema de burlas, conseguiram mais de 400 mil euros, os quais permitiram uma vida de luxo ao filho (GNR) e à mulher, auditora de justiça.