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Metro na Trofa é “agora ou nunca” diz presidente da Câmara Sérgio Humberto

 O presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto alertou, esta quinta-feira, em declarações à Lusa para o imperativo da linha do metro avançar já, sob pena de nunca mais vir a ocorrer visto ser financiada pelo PT 2023.

A Metro do Porto vai lançar um Concurso Público Internacional para a execução de anteprojetos e desenvolvimento dos estudos de impacto ambiental de quatro novas linhas, que será anunciado na sexta-feira, em Gondomar, pelo primeiro-ministro António Costa.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, em causa estão as linhas Gondomar II (Dragão – Souto), ISMAI – Muro – Trofa (Paradela), Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).

“Se não for agora não é mais, porque estamos, uma vez mais, a falar de fundos europeus, através do PT 2030 e espero pelo lançamento do outro concurso, no próximo ano, de conceção e construção, para se efetivar a obra. O objetivo é que a obra esteja no terreno ainda em 2025, pois o PT 2030 decorre entre 2021 e 2027 e há mais restrições relativamente a este dinheiro. Portanto ou é agora ou o metro não vem mais”, assinalou Sérgio Humberto.

Há vinte anos à espera de uma solução de transporte depois de ter sido retirada a linha do comboio com a promessa de instalar a linha do metro, Sérgio Humberto considera, por isso, “muito importante para as ambições não só da Trofa, mas também da área norte da Área Metropolitana do Porto, inclusive do concelho de Vila Nova de Famalicão” o passo que será dado na sexta-feira, mas confessa reservas.

“Nós, é como São Tomé, é ver para crer, porque há vinte anos foi-nos prometido [o metro], depois era primeiro-ministro o José Sócrates e a secretária de Estado das Infraestruturas a Ana Paula Vitorino que, em 2009, lançaram um concurso antes das eleições, sendo que foi anulado posteriormente”, recordou o autarca social-democrata.

Ainda assim, explicou que o previsto em termos de traçado é o “metro em carril até à freguesia do Muro e depois BRT (Bus Rapid Transit, vulgo ‘metrobus’) até ao interface rodoferroviário, com uma alteração, que é significativa para a cidade da Trofa, é que não vai desfazer o Parque Senhora das Dores e a Alameda da Estação, tendo uma estação nos Paços do Concelho e depois ligação subterrânea ao interface rodoferroviário”.

O Plano Anual de Avisos do programa de fundos europeus Portugal 2030 aponta que os avisos a serem lançados nos próximos 12 meses, incluem o aviso para a “extensão da Rede do Metro e BRT (ISMAI – Paradela e Dragão – Souto) e material circulante”, que deverá ser lançado entre maio e agosto de 2024.

Segundo a ficha resumo do aviso, haverá uma dotação de 259 milhões de euros provenientes do Fundo de Coesão da União Europeia para os investimentos, um valor que pode corresponder a um máximo de 85% do total, não sendo ainda conhecido o valor da comparticipação nacional.

Em causa estão as extensões do Metro do Porto a Gondomar (Souto) através do Estádio do Dragão, servindo os bairros portuenses do Lagarteiro e Cerco e a freguesia gondomarense de Valbom.

O investimento insere-se no Sustentável 2030 – Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade, inserido no Portugal 2030.

A expansão da rede do Metro do Porto remete ao protocolo de Gondomar, assinado em fevereiro de 2020 pelos autarcas cujos municípios beneficiarão do alargamento da rede.

Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, estando em construção uma extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto), uma linha de ‘metrobus’ entre Casa da Música e Praça do Império (aguarda-se lançamento da extensão à Anémona), e o arranque das obras da Linha Rubi (H), entre Casa da Música e Santo Ovídio, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, está previsto para o final deste ano.

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