Aires Pereira e Luís Diamantino, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, respetivamente, receberam um envelope com duas balas no seu interior, 24 horas após o início da demolição da antiga Praça de Touros, assunto que divide as opiniões locais.
“Não é uma ameaça, muito menos um aviso, é uma previsão. Ou uma destas na testa. A vossa escolha é fácil. Não vamos gastar mais munições com envelopes”, era a mensagem que acompanhava estas balas.
De acordo com um comunicado, assinado pelo presidente da Câmara, vice-presidente e presidente da Assembleia Municipal, todos visados nesta ameaça, o caso foi, de imediato, “participada às autoridades de investigação criminal, a quem informámos das ameaças que ultimamente circulam nas redes sociais”.
Os responsáveis da autarquia dizem-se indiferentes às ameaças, e empenhados em honrar “os compromissos que submeteram a sufrágio eleitoral e que colheram alargadíssimo consenso nos órgãos autárquicos municipais”, reprovando toda a “cultura de ódio às instituições e a quem as dirige, vem agora, com esta ameaça, confessar quanto despreza não só a vida pessoal, mas igualmente as instituições que não acolhem as suas preferências culturais marginais”.
Para estes tudo não passa de uma “tentativa desesperada de uma minoria de impedir a concretização de uma deliberação legitimada pelo voto (explicitamente assumida nas candidaturas autárquicas vencedoras em 2017 e 2021) e sancionada pela instância judicial junto da qual a minoria contestatária interpôs providência cautelar”, salientam.