Depois de dois anos “confinadas” por causa da pandemia de covid-19, as festividades do S. João vão voltar às ruas Braga de 15 a 24 de junho, com 164 iniciativas, entre as quais concertos de José Cid e Emanuel.
Do programa, hoje apresentado em conferência de imprensa, inclui sete cortejos, sete exposições e quatro concursos, designadamente de doces sanjoaninos, de cascatas, farturas e desenho.
“No total, teremos 270 horas de programação”, disse o presidente da associação de festas, Firmino Marques, destacando o envolvimento de 365 entidades.
Como novidade, Firmino Marques apontou o lançamento de um cancioneiro sanjoanino bracarense, que revisita e dá nova roupagem às cantigas alusivas às festividades, sob a batuta do músico “da casa” Daniel Pereira Cristo.
Denominado “S. João hoje”, o projeto tem continuidade num livro, para que seja possível preservar a cultura tradicional associada ao património imaterial das festas.
O livro assume-se como uma ferramenta pedagógica, para que todos possam aprender a cantar e a entoar as músicas “obrigatórias” no São João de Braga.
Outra novidade será o novo “carro dos pastores”, que vai substituir o que era utilizado há mais de 60 anos.
Aquela que a organização aponta como “a maior concentração de bombos e cavaquinhos do país” e ainda o cortejo de gigantones e cabeçudos são outros números que darão cor às ruas de Braga.
Em termos de concertos, também passarão pela festa os Santamaria e Carlos Ribeiro, além de artistas locais.
“O S. João de Braga não é uma noite de festa”, afirmou o presidente da Câmara Ricardo Rio, para vincar que as festividades se assumem como “uma marca de autenticidade” que mistura etnografia, cultura, música popular e tradicional e folia.
Para o autarca, trata-se de “uma combinação explosiva, a que ninguém consegue resistir”.
As festividades incluem ainda a vertente religiossa, com missas, novenas e procissões.
A organização espera receber mais de um milhão de visitantes.