A Junta de Freguesia de Mira de Tibães, em Braga, anunciou que vai começar a enterrar os mortos no passeio central do cemitério, sobrelotado e cuja ampliação está “encravada” no Ministério da Cultura, segundo a junta e a Câmara.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, adiantou que, nas próximas semanas, deverá estar pronta a versão final do projeto para a ampliação do cemitério, para apresentar às entidades que tutelam o património cultural.
Em causa está o facto de o cemitério estar localizado na área de proteção do Mosteiro de S. Martinho de Tibães, classificado como imóvel de interesse público.
“Estamos a ultimar a versão final do projeto de ampliação, que dá todas as garantias de salvaguarda daquele património, até porque em causa está um cemitério ‘à americana’, sem impacto visual sobre a envolvente”, referiu Ricardo Rio.
Referindo que o problema “já vem desde 2005”, o autarca manifestou-se esperançado de que o projeto seja aceite pelas entidades que tutelam o património cultural”.
O autarca adiantou que, por precaução, o município já avançou com o processo de expropriação, por utilidade pública, de um terreno na freguesia, para eventual construção de um segundo cemitério.
“A nossa vontade é de que avance a ampliação do atual cemitério”, vincou.
Um cemitério que, entretanto, atingiu o ponto de rutura, tendo agora a Junta de Freguesia, em comunicado, adiantado que vai começar a enterrar os mortos no passeio central.
No comunicado, a Junta refere que o alargamento do cemitério “obriga a uma autorização especial por parte do Governo”, estando a ser feitos “todos os esforços e contactos” com o objetivo de encontrar uma rápida resolução para o problema.
A intenção de construir um novo cemitério já foi contestada publicamente pela população de Braga, designadamente numa reunião do executivo municipal.