Três investigadoras da Escola de Medicina da Universidade do Minho estão a acelerar o processo de seleção de fármacos promissores para o tratamento de doenças raras, como ataxias. O projeto de Joana Sousa, Andreia Castro e Patrícia Maciel venceu há dias o SpinUM – Concurso de Ideias de Negócio da UMinho. As cientistas estão, entretanto, a criar a start-up “Screen4Health”, pretendendo captar investimento e chegar em breve ao mercado.
As cientistas partem do C. elegans, um minúsculo verme do solo e da água que permite mimetizar doenças humanas, ajudando assim a identificar compostos promissores na supressão de doenças neurológicas raras, com ensaios automatizados e cientificamente validados. A metodologia procura compostos com alta probabilidade de serem eficazes em contexto clínico e só estes serão testados em organismos mais complexos, acelerando a translação para a fase clínica e a eventual descoberta de tratamentos para aquelas doenças. “Garantimos redução temporal e monetária às empresas farmacêuticas na fase pré-clínica”, diz Joana Sousa.
O SpinUM distingue anualmente ideias de negócio de qualquer área científica ligadas à UMinho. O concurso tem tido atenção crescente de investidores e vários dos projetos conquistaram depois os principais prémios de inovação do país.