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Câmara de Vila de Conde repudia “aproveitamento político” do plano de vacinação

Repudiando que o processo de vacinação esteja a ser “aproveitado politicamente”, a Câmara de Vila de Conde, no distrito do Porto, garantiu hoje ter instalações e condições logísticas para montar um centro de vacinação contra a covid-19 no concelho.

Atualmente, a população de Vila do Conde está a ser vacinada no concelho vizinho da Póvoa de Varzim, que integra o mesmo ACES (Agrupamento de Centros de Saúde), mas a presidente de Câmara garantiu ter disponibilizado às Autoridades de Saúde equipamentos para que o processo também possa decorrer no seu município.

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“Falei com a ARS-Norte e informei que temos instalações disponíveis, equipamentos de frio para armazenar vacinas e um banco de voluntariado com pessoas ligadas à saúde para apoiar no processo. Disseram-me que não seria para já, porque está apenas previsto um centro de vacinação por cada ACES”, disse Elisa Ferraz.

A autarca disse “aceitar e compreender” que, nesta fase inicial vacinação, onde ainda estão disponíveis poucas doses, o processo seja concentrado num só local, mas garantiu que se as regras mudarem, e existir mais que centro de vacinação em cada ACES, irá “exigir” que Vila do Conde seja contemplada.

Elisa Ferraz espera que essa regra não seja alterada por “compadrios políticos”, e deixou fortes críticas ao PS local, principal força de oposição no concelho, por, alegadamente, se querer “aproveitar do tema com intuitos eleitoralistas”.

“Começamos a ouvir ameaças de que se não formos capazes falarão com os ‘amigos’ do Governo e haverá um centro de vacinação em Vila do Conde. Isso é uma pressão e um terrorismo político que não podemos aceitar”, vincou a presidente de Câmara, eleita pelo movimento independente NAU.

Elisa Ferraz disse não ter informações que será instalado um centro de vacinação no concelho “à revelia das informações prestadas pelas Autoridades de Saúde à Câmara Municipal”, mas garantiu estar “alerta”, mencionando uma situação no concelho vizinho de Esposende.

“Nesse município parece que se passou o mesmo e que os compadrios deram resultado. Sinto-me ofendida com essas ameaças que pairam sobre os autarcas que não têm a mesma cor partidária. Isso não é aceitável numa normal oposição política”, acrescentou.

A presidente da Câmara de Vila do Conde manifestou, ainda, a sua posição que “os autarcas não devem ter acesso prioritário às vacinas”, a garantiu que no executivo que lidera “todos vão esperar pela sua vez”.

“Seremos vacinados quando formos chamados, dentro do nosso grupo etário, como simples membros da comunidade. Repudio que se faça valer do cargo para passar para linha da frente da vacinação. Também sou presidente de uma Instituição de Solidariedade Social e, tal como eu, nenhum membro da Direção teve acesso a vacina”, garantiu Elisa Ferraz.

A autarca mostrou, por fim, satisfação pela redução do número de novos caso de covid-19 no concelho, referindo que na última informação que recebeu, houve uma diminuição de 812 para 455 de novas infeções numa semana.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 14.158 pessoas dos 765.414 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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