A Polícia Judiciária alertou esta quinta-feira para a circulação de mensagens falsas com o logótipo das forças de segurança, através de correio eletrónico, a pretexto de alegadas convocações, mandados, acusações e processos judiciários, com vista a obter dados pessoais.
No alerta esta quinta-feira divulgado, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, no âmbito da atividade preventiva, especifica que as mensagens estão a ser difundidas a nível nacional, usando abusivamente a imagem da PJ, da PSP, da GNR e da Europol, “supostamente assinadas por dirigentes ou entidades ligadas a este tipo de instituições”.
Os autores das mensagens ameaçam com medidas de prisão, multa por crimes de pornografia infantil, pornografia computorizada, ciberpornografia, entre outro tipo de ameaças.
A Judiciária esclareceu, em comunicado, que os órgãos de polícia criminal e as instituições ligadas à Justiça “não fazem este tipo de notificações”, tendo as mensagens como único propósito a “captura de dados pessoais das vítimas”.
Quem receber estas mensagens deverá bloquear o remetente, reportar o ‘spam’ e apagar a mensagem, uma vez que a abertura deste tipo de mensagens e dos ‘links’ associados, “auxiliam os criminosos a aceder a qualquer sistema informático” (PC, tablet ou telemóvel) e a infetar com vírus ou software malicioso (malware) os dispositivos.
“Nunca aceda a ‘links’ ou anexos de mails estranhos”, recomendou a PJ, acrescentando que a observação das características da mensagem (aspeto, eventuais erros ortográficos, argumentos persuasivos, que contenham ofertas generosas e despropositadas) ajudarão a reconhecer “a falsidade da mensagem”.
“Desconfie de notícias e ofertas sensacionalistas, não se deixe guiar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem, ninguém dá prémios ou oferece um produto, se não estiver a participar num concurso” são alguns dos conselhos deixados pela PJ.