Nove pescadores estão em isolamento, a bordo da embarcação de pesca costeira “Nossa”, atracado desde o dia 19 em Viana do Castelo, após três casos de infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, disse hoje o capitão do porto local.
O capitão-de-fragata Silva Lampreia explicou que o caso “está a ser acompanhado pelas autoridades locais de saúde e pelo armador da embarcação desde o dia 19, altura em que atracou em Viana do Castelo”.
O responsável referiu que “o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no dia 16, ainda a embarcação de pesca de Viana do Castelo navegava a 430 milhas a oeste do porto de Viana do Castelo”.
Segundo Silva Lampreia, “o pescador infetado acabaria por ser retirado, no dia 18, por meios aéreos, acionados pelo CODU Mar, para um hospital do Porto face ao agravamento das suas condições de saúde, tendo, entretanto, recebido alta médica e sido enviado para casa recuperar da doença”.
O capitão do porto e comandante da Polícia Marítima (PM) de Viana do Castelo adiantou que dos restantes nove tripulantes a bordo, três portugueses e seis indonésios, dois viram confirmada a infeção, havendo um terceiro caso ainda por confirmar.
Os homens permanecem em isolamento profilático no interior da embarcação, tendo já realizado testes de despiste da doença nos dias 20 e 23.
Em declarações à agência Lusa, o delegado de saúde de Viana do Castelo afirmou que hoje vai realizar-se uma reunião para fazer um ponto de situação deste caso.
Luís Delgado admitiu que a situação em que se encontram os pescadores “é complicada, pela quadra festiva que se atravessa e face às condições frágeis da embarcação de pesca”. No entanto, destacou que “a medida cautelar imposta é a que está prevista pelas autoridades de saúde”.
O delegado de saúde adiantou que os homens vão voltar a realizar testes de despiste da doença, na quarta-feira.
A covid-19 provocou mais de 5,39 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.874 pessoas e foram contabilizados 1.279.785 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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