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Porto gasta 30 mil euros com serviço e descontos na linha de autocarro para Braga

A Câmara do Porto vai gastar cerca de 30 mil euros anuais com o serviço e descontos implementados no autocarro expresso Braga-Porto, via Autoestrada 3 (A3), disse hoje o presidente da autarquia, Rui Moreira.

“Esta operação que nós vamos fazer, que estamos a fazer já com a CIM [Comunidade Intermunicipal] do Cávado e com Braga, estimamos que possa custar à cidade do Porto, por ano, qualquer coisa como 30 mil euros”, disse hoje aos jornalistas Rui Moreira, após se reunir com utentes da linha Braga-Porto.

Para o autarca, “não é um montante significativo”, sendo “perfeitamente comportável”, e a operação da linha será reavaliada de seis em seis meses entre todas as partes envolvidas.

Para o custo total da medida concorre ainda o desconto no passe mensal, que será aplicado aos munícipes do Porto (através do cartão Porto.), tal como já acontecia com os munícipes de Braga.

“Nós verificámos que os munícipes de Braga que vinham para o Porto pagavam metade do que pagam os munícipes do Porto que vão para Braga, portanto também vamos implementar essa medida”, justificou Rui Moreira.

O serviço vai ainda passar das atuais 15 frequências para 17, suprimindo um hiato após a hora do almoço.

Na quarta-feira, Diana Viegas, da Comissão de Utentes da linha de autocarro, disse à Lusa que a entidade seria hoje recebida na Câmara do Porto, para explicar como estava a correr a implementação do serviço, que tinha sido suprimido com o arranque da rede Unir.

No dia 05 de dezembro, as câmaras do Porto e de Braga acordaram retomar o serviço de autocarro entre as cidades, após ter sido suprimido na sequência da entrada em vigor da rede Unir, disse à Lusa o autarca do Porto, Rui Moreira, com a lógica de “substituir aquilo que é uma falha de mercado”.

O serviço foi resposto com 15 frequências diárias, tendo inicialmente sido assegurado gratuitamente, e com recurso, em três viagens, a autocarros da própria autarquia do Porto, sendo as restantes operadas pela Transdev.

Hoje, Diana Vale, da mesma comissão, disse que as preocupações elencadas foram atendidas pela autarquia portuense quanto ao hiato de frequências após a hora do almoço, mas salientou que a frequência pode aumentar.

“Sentimos que, se a oferta for maior, também haverá mais passageiros a procurar este meio”, disse hoje aos jornalistas.

Também na quinta-feira, Diana Viegas já tinha dito que a linha “tem sido penalizada ao longo dos anos”, já que chegou a ter uma frequência de “meia em meia hora” nas horas de ponta, e horária durante o resto do dia.

“Isto custa um bocado de perceber, quando nós estamos num período em que se advoga tanto, e bem, a mobilidade sustentável, e que devíamos caminhar para transportes coletivos efetivamente sustentáveis, e vemos estas linhas reduzidas”, argumentou.

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