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Ministro António Costa Silva defende mais investimento para inovação e desenvolvimento tecnológico em Portugal

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, defendeu hoje que deve haver mais investimento em inovação e desenvolvimento tecnológico em Portugal, sublinhando que são as empresas a “absorver a importância da inovação”.

“O país fez um caminho muito importante no desenvolvimento do seu sistema científico e tecnológico. Em 2021, o investimento que o país fez em investimento tecnológico atingiu os 1,69% do PIB. Ainda é pouco”, afirmou Costa Silva, que apontou que o Governo pretende atingir os 3,0% até 2030.

Na sua intervenção na abertura do painel ‘Portugal e o Futuro da Inovação’, no Encontro Anual 2022 do Conselho da Diáspora Portuguesa, em Cascais, o governante destacou que o investimento nestes mecanismos tem sido liderado pelo setor privado, que contribuiu com 1,0 pontos percentuais do total.

“As empresas, em geral, estão a absorver a importância da inovação”, sublinhou.

O ministro da Economia disse acreditar “profundamente” que Portugal vai ser um dos “grandes líderes europeus no tratamento de dados” através da inteligência artificial.

Durante o painel, a fundadora e presidente executiva da Defined.ai apontou que Portugal tem “um problema com impostos” e que o país pode ser a capital mundial das empresas dedicadas à inteligência artificial (AI, na sigla em inglês), desde que atribua benefícios e incentivos às empresas.

“É possível transformar Portugal até 2030 numa capital de AI do mundo, atrair o ecossistema para cá com os modelos normais – de alliances –, com isenções fiscais, Portugal não é atrativo”, referiu a empresária.

Daniela Braga registou que este ano houve mais 292 ‘unicórnios’ (empresas com uma avaliação superior a mil milhões de dólares) de inteligência artificial nos Estados Unidos.

“É possível convencer uma série destas empresas a trazerem uma sede corporativa para cá, mas tem de haver atração fiscal”, defendeu Braga, assim como a criação de um fundo que permita acompanhar as várias fases destas empresas.

Já Nuno Sebastião, presidente executivo da Feedzai, discordou da colega de setor, argumentando que os maiores centros de investimento não são criados “por decreto”.

“Temos é de ter exemplos de excelência em áreas muito bem definidas. E elas existem”, disse o responsável da empresa de ‘machine learning’ no setor da banca.

No mês passado, durante a Web Summit, em Lisboa, Daniela Braga tinha anunciado a intenção de o consórcio Accelerat.ai, dedicado à IA, contratar 150 pessoas em Portugal para as suas operações.

O consórcio Accelerat.ai, apoiado pelo PRR e que representa um investimento de 34,5 milhões de euros, tinha já sido anunciado em 20 de setembro, tendo, na ocasião, apontando a vontade de acelerar a transformação digital dos setores público e privado de Portugal.

O consórcio, liderado pela portuguesa Defined.ai, nasceu no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, com o IAPMEI à frente e é o primeiro dos projetos do Centro de Excelência em IA [inteligência artificial] em Portugal.

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