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Covid-19: Como os cientistas criaram uma vacina em tempo recorde?

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O virologista Pedro Simas defendeu hoje a necessidade de transmitir que a descoberta de vacinas para a covid-19 em tempo recorde não é algo precipitado para que as pessoas percebam a lógica científica e não as temam.

“Não foi um milagre e é tudo lógico. É importante transmitir isso às pessoas para lhes dar segurança para que adiram à vacina e não achem que foi uma coisa precipitada e que a vacina não é segura”, disse o virologista enquanto participava esta tarde na conferência “Como vamos viver depois da pandemia?”, organizada pelo Jornal de Notícias em parceria com a câmara de Vila Nova de Gaia.

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Na sessão, que decorreu via ‘online’, Pedro Simas explicou “a combinação de três coisas” que permitiu chegar a vacinas contra o novo coronavírus, começando pelo atual “avanço tecnológico que permite fazer tudo muito mais rapidamente” e lembrando que “a comunidade científica e a industrial se reuniram e concentraram esforços para cortar todas as burocracias”.

“A terceira razão – e a mais importante de todas porque é essa que faz com que isto não seja um milagre – é que com base do conhecimento que tínhamos dos coronavírus, sabíamos que conseguíamos produzir uma vacina que ia produzir uma boa resposta”, referiu.

Pedro Simas explicou que “esse conhecimento já existe há pelo menos 50 anos para estes vírus”, fazendo um contraponto com outros como o para o HIV [Vírus da Imunodeficiência Humana] causador da SIDA para explicar que “esse sim continua a ser atualmente um grande desafio”.

“Na ciência não há milagres. Foi o conhecimento que permitiu que conseguíssemos desenvolver uma vacina em tão pouco tempo. Para nós cientistas não foi assim tão pouco tempo porque sabíamos o que tínhamos de desenvolver”, referiu o virologista.

O especialista defendeu ainda que “o medo não é solução”, embora seja “uma reação muito importante em evolução”: “[O medo] não pode ser perpetuado no tempo”, concluiu Pedro Simas apontando que “vão existir mais pandemias”, mas a ciência existe “para lidar com elas e para tentar que sejam menos frequentes”.

Sobre as medidas para o período de Natal que se aproxima, alertou que “com uma imunidade populacional à volta dos 10%, o que significa que 85% a 90% de população está suscetível ao vírus, nunca o risco foi tão grande porque está espalhado por todo o país”.

“Se não queremos ter uma terceira vaga colada à segunda – há quem diga que nem sequer é uma terceira, é um continuar da segunda – se não queremos voltar a um crescimento exponencial das infeções, temos de ter muito cuidado. Principalmente quando temos a solução à nossa vista. Seria inglório que morressem muitas mais pessoas por causa do Natal. E o Natal pode ser passado de uma forma especial. É a nossa oportunidade de passarmos um Natal de forma diferente”, sublinhou o virologista.

Numa conferência que contou com António Costa Silva, autor do plano de recuperação económica e social, e foi introduzida pelo ex-ministro da Economia, Luís Braga da Cruz, e concluída pelo presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, foram também abordadas questões relacionadas com o teletrabalho, os desafios para a área da saúde no futuro e o desemprego, entre outras.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,6 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 5.733 em Portugal.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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