Sete jovens médicos da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra estão “barrados” no Peru, após uma viagem de lazer, “antes de entrarem ao serviço no SNS a 01/01/2023”.
O cenário previsto para estes dias mudou drasticamente quando os sete se viram bloqueados numa autoestrada daquele país durante mais de 50 horas, enquanto sofriam ameaças dos agentes responsáveis pela revolta que toma agora conta do país.
As autoridades portuguesas, contactadas sobre o assunto, terão aconselhado o grupo a permanecer no local que se encontram, diz uma publicação nas redes sociais, criada por pessoas próximas deste grupo, para expor o problema.
A mesma indica que o grupo terá corrido diversos riscos e “subornado” taxistas e outros para poder poderem regressar à cidade de Arequipa, equipada com o desejado aeroporto, que os deixa mais perto do regresso. Despois de contactarem a o Gabinete de Emergência Consular do país, julgavam que lhe seria prestada ajuda direta para abandonar o local.
De acordo com a publicação, apenas receberam ajuda na forma de “conversa” ou “acompanhamento” da situação. Os criadores desta lamentam que nenhuma das entidades assuma responsabilidade, sacudindo a “água para o capote” da entidade “vizinha”.
É questionado, no mesmo texto, a utilidade da rede consular, enquanto se pede alguma ação do Estado português.
Contactada pela Fama TV, a irmã de um destes jovens afirmou que os familiares em Portugal passam por momentos de grande angustia e ansiedade sempre que o grupo fica incontactável durante períodos de tempo extensos, situação que já se verificou por estarem numa zona sem cobertura de rede.
“Neste momento estão fechados num hotel, à espera que qualquer entidade do nosso país se digne a ajuda-los”.
“Estamos em contacto com todas as entidades possíveis, todas mesmo”, garante esta familiar, antes de dizer que “ninguém ajuda, é inadmissível”, exclama.
Com os voos cancelados e a possibilidade de deslocação terrestre fora da equação, a irmã do jovem equaciona quanto tempo poderá demorar o regresso do grupo a Portugal.