João Rendeiro foi detido esta madrugada pela Polícia Judiciária (PJ) na África do Sul.
Luís Neves, diretor Nacional da PJ, referiu, na manhã deste sábado, em conferência de imprensa, que todas as movimentações de Rendeiro, desde que entrou naquele país, foram seguidas pelas autoridades portuguesas. O ex-banqueiro reagiu com “surpresa” à detenção e “não estava à espera”, diz Luís Neves acrescentando que o detido “não tinha disfarces mas tinha muitos cuidados” e também uma autorização de residência emitida há um mês.
Sobre a escolha da África do Sul, nomeadamente Joanesburgo, e eventuais apoios da comunidade portuguesa naquele país, o responsável máximo da PJ revelou ter sido detetada apenas uma relação de amizade com um português ali radicado.
Mas, no decurso da investigação, foi possível saber que João Rendeiro terá feito um investimento naquele país, com o qual julgava ter garantida a sua liberdade. Terá sido, por isso, que ficou muito surpreso quando foi detido, este sábado, às 7 horas [hora portuguesa]”.
O antigo banqueiro obteve autorização de residência naquele país africano no dia 10 de novembro mas, de acordo com Luís Neves, nunca circulou tão à vontade como quis fazer crer.
“Andava sem disfarces, mas com muito cuidado. Não circulava livremente”, referiu o diretor nacional da PJ .
De recordar que João Rendeiro havia garantido que só voltaria a Portugal com um indulto do Presidente da República mas a PJ seguiu-lhe os passos desde que, em 14 de setembro, saiu do Reino Unido para entrar na África do Sul no dia 18.