A Via Verde confirmou, esta terça-feira, que irá alterar os seus serviços a partir de 05 de janeiro, dividindo os seus clientes entre as modalidades “Via Verde Autoestrada” e “Via Verde Mobilidade”, estando previstos aumentos de 50% em assinaturas que integram os serviços habituais e eliminando a possibilidade de comprar um identificador. tal como já havia noticiado a Fama TV.
De acordo com a Deco Proteste, “por não haver concorrência direta no mercado de pagamentos automáticos de portagens, os utilizadores de autoestradas ficam encurralados”, explica a defesa do consumidor.
A Via Verde vai deixar de comercializar os pacotes de assinatura “Via Verde Livre” e “Via Verde Leve”, passando a comercializar outras modalidades, “com preços bem mais elevados do que as anteriores e, em alguns casos, com menos serviços associados”, de acordo com a Deco.
“Repudiamos a prática comercial anunciada pela empresa, que sujeita os clientes a aumentos que chegam aos 50%, muito acima dos 3% previstos para a inflação, para manterem o acesso aos serviços que já tinham contratado com o operador, o que só pode estar escudado pelo facto lamentável de não existir concorrência que ameace o domínio inequívoco da Via Verde neste mercado”, continuam.
Sobre os tarifários a Deco acusa a Via Verde de não acrescentar “afinal, qualquer serviço àquilo que já oferecia antes de 5 de janeiro. Apenas conduzirá os consumidores a pagarem muito mais caro pelo mesmo conjunto de serviços de que já dispunham”, explicam.
No que toca aos identificadores e à decisão da Via Verde em em descontinuar a sua venda, a Deco explica que receia “até que os atuais proprietários de identificadores acabem por ser encurralados no momento em que os seus dispositivos precisem de nova pilha, não lhes sendo dada outra alternativa que não a subscrição de uma assinatura.
É preciso salientar que a Via Verde opera há décadas como operador único no sistema de cobrança de portagens em Portugal e conta atualmente com cerca de 3 milhões de clientes, para quem esta é a única opção para pagamentos de portagens por débito de forma automática”, concluem.