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Covid-19: Proteção Civil considera indefinido o seu papel no plano de vacinação

A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, assumiu hoje que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) espera ainda por mais informações sobre a atuação que deverá ter no plano de vacinação contra a covid-19.

“Estamos perante um dos processos mais complexos no quadro desta pandemia, que está a ser coordenado no âmbito da Saúde, com o apoio das Forças Armadas, da Proteção Civil e de outras forças que se venham a revelar necessárias. Estamos a aguardar definições mais claras sobre a chegada das vacinas e tudo está a ser operacionalizado para que corra da melhor forma possível. É um desafio enorme”, disse a governante.

Em declarações à margem da tomada de posse de André Fernandes e Miguel Cruz como comandante e 2.º comandante da ANEPC, respetivamente, para os próximos três anos, Patrícia Gaspar deixou, porém, a garantia de que a entidade vai associar-se a esta nova fase do combate à pandemia.

“A Proteção Civil terá a sua missão para cumprir, seja naquilo que é a articulação com todas as entidades que compõem o sistema e estabelecendo as necessárias pontes com os serviços municipais de proteção civil – que vão ter aqui um papel importantíssimo também -, seja na questão da operacionalização de eventuais estruturas que venham a ser necessárias em estreita colaboração com os restantes atores”, explicou.

Contudo, a secretária de Estado da Administração Interna fez questão de alertar os novos responsáveis da ANEPC de que “as coisas não vão melhorar nos próximos tempos”, enfatizando a complexidade dos desafios dos próximos meses.

“Vamos entrar numa nova fase complexa da pandemia com a vacina. Temos de manter os níveis de resposta que se pretendem”, notou, sem deixar de sublinhar “os tempos muito trabalhosos” pela frente e a necessidade de não desistir: “Podemos ter tendência para desmotivar, mas é nestes momentos que temos de provar a nossa capacidade e a nossa resiliência. Conto com todos para que estes desafios possam ser levados a bom porto”.

Portugal contabiliza pelo menos 4.803 mortos associados à covid-19 em 312.553 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

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