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Economia

Empregados da Super Bock entram em greve e acusam setor de “assédio laboral”

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O sindicato dos trabalhadores das indústrias de alimentação, bebidas e tabaco disse que os trabalhadores da Super Bock, reunidos em plenário, aprovaram esta quarta-feira a realização de uma greve de 24 horas no dia 10 de dezembro.

“Foi votada e aprovada uma moção, cuja principal decisão é uma greve, à porta da empresa, no dia 10 de dezembro”, avançou o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), José Eduardo, em declarações à Lusa.

Conforme precisou o sindicalista, a greve terá início pelas 08:00 do dia 10 e prolongar-se-á por 24 horas, em linha com a paralisação já agendada dos 16 trabalhadores precários “que foram empurrados para o desemprego”.

Segundo a moção aprovada, a que a Lusa teve acesso, os trabalhadores acusam a direção de produção de uma abordagem “abusiva e prepotente”, num setor marcado pelo “assédio laboral” e perseguição, alertas que os órgãos representativos fizeram chegar à administração da Super Bock.

No entanto, “perante a insistência da administração em desvalorizar” as queixas dos trabalhadores decidiram demonstrar uma “firme posição” na defesa dos seus direitos e postos de trabalho e condenar o não cumprimento dos acordos de integração e exigir o “fim das ações prepotentes e persecutórias”.

Na sexta-feira, o Sintab acusou o grupo Super Bock de não cumprir um compromisso que data de janeiro para a integração de trabalhadores precários.

Num comunicado, divulgado na altura, a estrutura sindical diz que “a Super Bock informou, no passado dia 20 de novembro, ao Sintab e à DGERT [Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], a decisão de não cumprir com o compromisso que havia assumido em janeiro, de integrar, nos seus quadros, 16 dos trabalhadores com vínculos precários e que desempenham tarefas contínuas e essenciais há mais de 15 anos”.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do grupo Super Bock confirmou, à data, “a realização da reunião na DGERT no dia 20 de novembro, na qual informou que a alteração de circunstâncias motivada pelo impacto da crise covid-19 no negócio do grupo tem tido uma profundidade tal que torna inexigível o cumprimento integral do acordo celebrado em janeiro passado, num contexto prévio à pandemia”, sem se referir especificamente à questão dos precários.

Para o sindicato, na base desta decisão está a descapitalização dos quadros para, mais tarde, o grupo recorrer a trabalhadores com vínculos precários.

Em 16 de junho, o grupo anunciou que decidiu reduzir a sua força de trabalho em 10%, devido ao impacto da pandemia de covid-19.

A “significativa redução da atividade do Super Bock Group provocada pelo efeito da pandemia covid-19, bem como o cenário de recessão previsto para o futuro próximo, forçam a empresa a reajustar a sua estrutura para defender e proteger a sustentabilidade do grupo”, lê-se nessa nota.

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