A adesão à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IPM) entre as 00:00 e as 08:00 é superior a 80%, segundo Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).
José Manuel Oliveira adiantou que a adesão dos trabalhadores da IP é superior a 80%, remetendo para mais tarde outros dados sobre a paralisação.
A CP suprimiu 143 das 252 ligações ferroviárias que tinha programadas até às 08h00 devido à greve dos trabalhadores da empresa e da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à Lusa fonte oficial da empresa.
Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal cumprem, esta quarta-feira, uma greve de 24 horas, em conjunto com os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), com a CP e a Fertagus a preverem perturbações na circulação.
De acordo com o balanço feito pela CP – Comboios de Portugal, cerca das 08h20, estavam programados 252 comboios e foram efetuados 109, dos quais quatro de longo curso, 35 regionais, 39 urbanos de Lisboa e 31 urbanos do Porto.
A mesma fonte disse que estão a ser cumpridos os serviços mínimos.
Também à Lusa, cerca das 07h45, José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) tinha dito que a greve estava a ter uma “adesão significativa”.
“A greve está a ter uma grande adesão. Estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos, mas temos informação que pontualmente não foram cumpridos”.
A CP informou num comunicado divulgado na terça-feira que, devido a greve convocada por organizações representativas dos trabalhadores, preveem-se, esta quarta-feira, perturbações na circulação de comboios a nível nacional.
A CP adiantou que foram “definidos os serviços mínimos que se podem consultar” no ‘site’ da empresa e que “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.
Também a Fertagus, que liga Lisboa e Setúbal por comboio, “prevê poder realizar 25% da sua oferta normal de dia útil” esta quarta-feira, devido à greve na IP, entidade gestora da circulação ferroviária.
Numa nota divulgada no seu ‘site’, a transportadora – que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP – disponibiliza os horários previstos para o dia da paralisação, no âmbito da qual “foi decretada a realização de serviços mínimos”.
A Fertagus sublinhou que o cumprimento destes horários está dependente dos efeitos da greve e aconselha aos utentes utilizar um transporte alternativo sempre que possível.
Também a IP alertou, numa informação divulgada no seu ‘site’, que “poderão verificar-se, ao longo do dia, perturbações na circulação ferroviária”.
Os trabalhadores da CP cumprem, esta quarta-feira, uma greve de 24 horas, em conjunto com os trabalhadores da IP, reivindicando um prémio financeiro para mitigar os efeitos da inflação e o cumprimento do Acordo de Empresa.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, afeto à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, a greve deve-se à “falta de respostas da administração/Governo, que não têm em conta a realidade de uma brutal desvalorização dos salários”.
De acordo com uma ata disponível no ‘site’ da DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, os sindicatos e a CP chegaram a acordo para o cumprimento de serviços mínimos de 25%.