A contar que o plano de vacinação se inicie já em janeiro de 2021, só se prevê que sejam sentidos efeitos no final desse ano, a partir de outubro. Quem o diz é Joaquim Ferreira, diretor do laboratório de Farmacologia Clínica do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, que refere que “é preciso haver vacinas suficientes para inocular cerca de metade da população e conseguir o efeito da imunidade de grupo”.
“No melhor cenário, eu diria que tendo os grupos de risco vacinados ao longo dos primeiros três meses do ano e depois todos a seguir até julho, agosto, as coisas só começarão a mudar radicalmente a partir do verão. Em outubro será quando as coisas, idealmente, voltarão a uma maior normalidade”, esclareceu.
Joaquim Ferreira garante ainda que a prioridade deve ser ” as pessoas mais velhas, com mais de 70 anos, as pessoas institucionalizadas, as que têm doenças de risco”, seguidas dos profissionais de saúde. Só assim será possível, nos primeiros dois meses, reduzir a quantidade de contágios, as mortes pela doença, assim como a quantidade de pessoas nos cuidados intensivos. Tudo isso se traduz num alivio significativo para queles que estão na frente do combate à pandemia.