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Covid-19: Fátima e Jornada Mundial da Juventude unem esforços para evento de 2023

Com a preparação da Jornada Mundial da Juventude, prevista para 2023 em Lisboa, condicionada pela situação imprevista emergente da pandemia, o Santuário de Fátima vai sintonizar os próximos três anos da sua ação pastoral com este projeto, anunciou hoje o reitor.

Na apresentação do ano pastoral e do plano pastoral para os próximos três anos, feita ‘online’, o padre Carlos Cabecinhas explicou que se inicia agora um novo triénio que tem como horizonte a realização da JMJ, cujo tema é “Maria levantou-se e partiu apressadamente”.

O reitor citou depois as palavras que o Papa Francisco dirigiu aos jovens ao anunciar o tema: “Não ignorem a voz de Deus que vos impele a levantar-se e a seguir os caminhos que preparou para vós. Como Maria e junto a ela sejam todos os dias portadores da sua alegria e do seu amor”.

Segundo Carlos Cabecinhas, foi aqui que o santuário se inspirou para “definir o título e tema deste triénio, ‘Como Maria, portadores da alegria e do amor’”, acrescentando que foram igualmente acolhidos os temas propostos pelo Papa para os anos de preparação que antecedem a JMJ.

“(…) Para assim estarmos plenamente sintonizados com o itinerário de preparação das jornadas, mas também porque estes temas nos permitem refletirmos sobre as características do tempo presente”, justificou o reitor, considerando que “a situação imprevista, emergente da pandemia que assola o mundo, constitui um profundo desafio pastoral que pede para ser globalmente considerado na vida e na ação do santuário”.

Na apresentação, o sacerdote adiantou que “um dos aspetos centrais da mensagem de Fátima, que este ciclo procura sublinhar, é o seu apelo ao essencial e à conversão dos corações”, defendendo que “a crise emergente da pandemia oferece uma oportunidade para acolher este apelo”.

Para o triénio 2020-2023, os objetivos globais têm como horizonte comum a todos eles “a tentativa de discernir os desafios novos à interpretação e proposta da mensagem de Fátima emergentes da atual situação cultural e económico-social gerada pela pandemia e, por outro lado, o desejo de sintonizar o santuário com o processo de preparação” da JMJ.

Entre os objetivos estão o reforço da “proposta da mensagem de Fátima como apelo à conversão e aperfeiçoar os processos internos que ajudem os peregrinos a vivê-la”, “configurar o estilo, as propostas pastorais e as estruturas do santuário como lugar de acolhimento dos peregrinos em situação de fragilidade ou sofrimento” e “desenvolver processos de integração e participação dos jovens na vida e na missão do santuário”, prosseguiu o reitor.

Para cada um dos três anos, o santuário definiu um tema, escolheu uma frase bíblica e um excerto das “Memórias da Irmã Lúcia”, uma das videntes de Fátima.

No ano de 2020-2021, o tema é “Louvai o Senhor, que levanta os fracos”, adiantou Carlos Cabecinhas, observando que o santuário quer focar a “atenção na fragilidade”.

“Pretende-se, ao longo deste ano, apresentar a mensagem de Fátima como expressão da solicitude de Deus para com a humanidade em sofrimento”, referiu, tendo enumerado um conjunto de iniciativas previstas.

No ano seguinte, o tema será “Levanta-te! És testemunha do que viste” e, no terceiro ano, 2022-2023, ano da JMJ, o tema é o definido pelo Papa para aquele que é considerado o maior evento organizado pela Igreja Católica.

No final, o reitor do santuário admitiu que “o próximo ano será ainda profundamente marcado pela situação pandémica” e que se enfrentarão “muitas dificuldades, aos mais diversos níveis”.

“Mas acreditamos que a mensagem de Fátima é mensagem de esperança e de ânimo”, afirmou, desejando o regresso ao santuário “sem limitações o mais depressa possível”.

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