Os períodos de tempo excessivos que as crianças passam, nos dias de hoje, em contacto com ecrãs interativos, como os dos ‘smartphones’, ‘tablets’ e ‘smart tvs’, é prejudicial para o desenvolvimento e inteligência das crianças, de acordo com estudo do investigador na área da neurociência, Michel Desmurget, que afirmou à SIC já ter conseguido provar tal afirmação.
De acordo com o neurocientista, este tipo de exposição pode traduzir-se na perda de estímulos cerebrais, já que a mente das crianças ainda não atingiu a maturação, perdendo-se a “plasticidade cerebral”.
De acordo com a SIC, este ponto de vista solidifica-se ainda mais com as declarações públicas dos ‘CEO’s’ e diretores de plataformas como o Twitter, Youtube e Facebook, que já admitiram limitar severamente, ou negar por completo, a exposição dos seus próprios filhos a estas tecnologias.
De acordo com a mesma peça, as próprias redes sociais e plataformas de entretenimento não estão inocentes nesta situação, já que motivados pelos lucros, como qualquer outro negócio, desenvolvem mecanismos de para “agarrar” a atenção dos seus espectadores, representando-se tal e qual um vício na mente dos mais novos, com menos capacidade crítica e de autocontrolo.
Os problemas causados nas crianças revelam-se em primeiro lugar sob a forma de perturbações do sono, ainda mais agravadas quando os smartphones, tablets e televisões estão nos quartos das crianças, e nem sempre com a supervisão adulta necessária.
Em locais como a China, a interação das crianças com este tipo de entretenimento já está limitada apenas aos dias do fim de semana, e num total de 3 horas por semana.